São Maximiliano Kolbe

Marcas da geração de Kolbe

Nossa geração será marcada pela pandemia do novo coronavírus. O fundador da MI, São Maximiliano Kolbe foi impactado pelas duas guerras mundiais e a gripe espanhola

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

14 JUN 2020 - 01H00 (Atualizada em 25 MAI 2021 - 12H00)

Nossa geração será marcada pela pandemia do coronavírus. Essas situações marcantes não chegam em dia determinado e não se sabe a hora em que vai terminar. São processos complexos nos quais respondemos cotidianamente aos impactos duradouros. Isso muda muitas coisas.

São Maximiliano Kolbe viveu e morreu em um período marcado por guerras e em um país destroçado. Ele conheceu a Ordem Franciscana Conventual em 1907 quando frades austríacos foram até sua cidade, Pabianice, na Polônia, para uma espécie de Santas Missões Populares da época. Para se ter uma noção da situação, desde 1815 a Polônia estava dividida entre Rússia e Áustria. Kolbe nasceu da parte russa que não incentivava a Igreja Católica porque tinha uma Igreja nacional ortodoxa. Assim, teve de atravessar escondido com o irmão a fronteira para ingressar no seminário em Leópolis, que era uma antiga cidade do Reino da Polônia, que estava sob domínio austríaco, e que atualmente faz parte da Ucrânia.

São Maximiliano realizou sua consagração a Deus como frade no ano em que iniciou a Primeira Guerra, 1914; durante o conflito, fundou a Milícia da Imaculada; e foi ordenado sacerdote em 1918, ano do fim do conflito. E passou todo esse período estudando em Roma.

Dos seis jovens freis que fundaram a Milícia da Imaculada, dois partiram no ano seguinte como escreveu Kolbe: “Foi então que se foram para junto da Imaculada, com maravilhosos sinais de eleição, o Padre Antonio Glowinski e, dez dias após, o Frei Antonio Mansi, vítimas da febre espanhola. Quanto a mim, as condições dos meus pulmões sofreram um agravamento: quando tossia, escarrava sangue; e este foi o início da mudança” (Escrito de São Maximiliano Kolbe 1278).

Na época de São Maximiliano não havia Instagram nem Facebook, mas ele anotava os seus sentimentos em um caderninho. É interessante notar que para o jovem estudante franciscano, os desafios e a dureza do momento o impulsionavam para a missão a que estava se preparando.

Em 1919, ao deixar Roma e retornar para sua terra, tem consciência de que tem uma grande missão e não guarda os dissabores dos anos duros vividos ali. De fato, o olhar dele estava sempre focado em novos horizontes.

No dia que deixou Roma, anotou isso no seu caderno timeline“Sê bendita para sempre, Senhora e Rainha, Mãezinha minha, que ainda te dignas pensar em mim, tão cheio de soberba, de amor próprio. No juízo final todos saberão que foste Tu que me deste tudo, mesmo sendo eu nada. Sê bendita para sempre, ó Imaculada; de minha parte, sou todo e completamente Teu, de alma e corpo; a minha vida inteira, a minha morte, a minha eternidade Te pertencem para sempre; digna-te fazer de mim qualquer coisa que Te agrade. Estou plenamente satisfeito. Se Te agrada, digna-te levar-me agora mesmo. Se preferes mais tarde, então mais tarde. Sou teu, Mãezinha” (Escrito 987).

Que a gente, ao passar por todos os desconfortos e sofrimentos da pandemia, possamos crescer na espiritualidade e focar na missão futura.

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Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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