Renata Souza
Jornalista
A Igreja no Brasil vive um momento em que a juventude está sendo vista como grande protagonista das relações com o mundo e com a busca por novos meios de evangelizar. Tanta vontade e entusiasmo dos jovens surgem, também, em um período propício à comunidade cristã, uma vez que a Igreja está procurando se atualizar e se profissionalizar no âmbito da comunicação. É sábio reconhecer o quanto ainda somos falhos nesse sentido, mas é digno também se propor a discutir soluções para tais problemas.
Para o Padre jesuíta Antonio Spadaro, doutor em Teologia, diretor da revista Civiltà Cattolica e escritor na área da web, recordando as palavras do Papa Francisco, “se nós queremos evangelizar, o comportamento que devemos ter é semelhante ao que Jesus teve em relação aos discípulos de Emaús. Nós devemos saber nos inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender suas expectativas, suas dúvidas e também suas esperanças”.
Dialogar significa estar convencido de que o outro tem alguma coisa de bom a dizer e renunciar a pretensão de que nossas ideias sejam únicas e absolutas. Para isso é necessário ouvir, e esse deve ser o primeiro papel da Igreja na rede: escutar o que os homens têm a dizer e participar das conversas e dos diálogos.
Somos chamados a ser Cristo no ambiente digital, e não se faz isso ao “bombardear” a timeline com mensagens e frases vazias, mas com o testemunho, pois por detrás de um computador, de um smartphone ou de um tablet, o que existem são pessoas que vivem, sentem, sofrem, e se alegram, e acima de tudo se relacionam com a realidade à sua volta.
Com a tecnologia abre-se a cada um de nós um mundo de possibilidades e novos meios para evangelizar, mas a “ferramenta” continua sendo nós mesmos, como ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.
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