São Maximiliano Kolbe

Os votos de São Maximiliano Kolbe

O santo fundador da MI se consagrou a Deus com os votos de pobreza, castidade e obediência na Ordem franciscana Menor Conventual aos 18 anos. Em um retiro preparatório deixou anotadas suas inspirações e as escolhas básicas de sua vida

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

14 SET 2020 - 00H00 (Atualizada em 14 JAN 2021 - 17H48)

A origem de São Maximiliano é de uma família simples. Trabalhavam em casa mesmo com tecelagem. A vida era dura e os estudos não estavam no radar das crianças. Foi um farmacêutico que proporcionou a São Maximiliano os estudos básicos. Certamente é um contexto bem diferente do nosso em que o acesso à educação fundamental é amplamente ofertado. A visão de mundo do jovem Kolbe passou em poucos anos da sua pequena cidade e vínculo familiar, àquela proporcionada pela convivência com freis em Leópolis, uma cidade grande, com a possibilidade de conhecimento em diversas áreas. Ainda na escola, Kolbe fazia planos e montava estratégias militares para defesa da Polônia que na época era disputada por outros países.

Ele devia ter a cabeça nas nuvens como os jovens, talvez esse novo mundo e modo de viver o levava a questionamentos, mas, logo no início de sua experiência de vida consagrada, Kolbe teve a clareza das escolhas fundamentais de sua vida. Na verdade, uma só era a direção para a qual orientava a sua vida: Deus. A Imaculada era como que a bússola que indicava o caminho místico para Deus.

Em 1912 se consagrou a Deus assumindo como votos os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Para ele a vida tinha um sentido claro, um objetivo determinado, um destino certo. Ainda não havia a intuição de fundar a Milícia da Imaculada e nem grandes aspirações para quando fosse sacerdote. Kolbe estava tão seguro de seu caminho que sabia que toda a estrada da vida seria pavimentada por essas escolhas fundamentais.

Em suas anotações, registrou o que experimentava de cada um dos votos:

CASTIDADE: “Maria, minha Mãe, salva-me” (se disseres isto, certamente não cometerás pecado) e dirige para outra coisa o pensamento, e assim por diante; depois faz serenamente aquilo que deves fazer (e deixa ladrar os cães). Conserva este tesouro; tu o tens em um vaso de argila; mas nada de escrúpulos.

POBREZA: O homem não foi criado para as riquezas, porque quanto mais as tem, tanto mais as deseja e tanto mais é infeliz. A essência da pobreza é: não ser apegado a coisa alguma.

A OBEDIÊNCIA (do intelecto e da vontade) é o voto mais difícil de praticar; a castidade e a pobreza virão com ela (...). Ver no superior o próprio Deus que manda (...). Ninguém irá fazer nada de melhor, passando por cima da ordem do superior. A penitência mais agradável a Deus é a vida comum, quer dizer, a obediência, a fidelidade à regra; as outras só agradam a Deus quando subordinadas a esta.

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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