O título de Rainha atribuído a Maria não nasceu de uma aparição particular, mas da tradição viva do povo cristão que, desde cedo, aprendeu a invocá-la assim. Na oração da Salve Rainha, proclamamos Maria como nossa Rainha, pois sendo Mãe de Jesus, Rei do Universo, participa de sua realeza. Trata-se, portanto, de um título espiritual, e não de um privilégio terreno: como o Filho é Rei, a Mãe é Rainha.
Maria é nossa advogada e intercessora junto a Deus. Por isso, na ladainha, a invocamos como Rainha dos Apóstolos, dos Patriarcas, dos Profetas, e sob tantos outros títulos que expressam sua presença única na história da salvação. Foi a escolhida por Deus para ser a “cheia de graça”, a primeira discípula e aquela que permaneceu unida aos Apóstolos em Pentecostes.
Invocá-la como Rainha não significa colocá-la em um trono de poder humano, mas reconhecê-la como a humilde serva do Senhor, cuja realeza é marcada pelo amor, pelo serviço e pela maternidade espiritual. Maria nos educa e nos guia sempre para Cristo, mostrando-nos o caminho da obediência e da humildade.
A memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha é celebrada oito dias após a Assunção de Maria, justamente para sublinhar a relação entre as duas festas: a Virgem elevada ao céu é coroada como Rainha ao lado de seu Filho. A festa foi instituída por Pio XII, em 1954, através da encíclica Ad Caeli Reginam, e inicialmente celebrada em 31 de maio, como encerramento do mês mariano. Mais tarde, com a reforma litúrgica, foi transferida para o mês de agosto.
Mesmo antes da instituição oficial, o povo cristão já venerava Maria como Rainha do Céu e da Terra, como testemunham orações e hinos antiquíssimos. Pio XII apenas confirmou, com autoridade magisterial, aquilo que já fazia parte da fé viva do povo de Deus.
Maria é coroada com o duplo diadema da virgindade e da maternidade divina. É Mãe de Deus, mas também nossa Mãe espiritual, à qual recorremos como filhos e súditos confiantes, certos de que estamos sob sua proteção.
Celebrar Nossa Senhora Rainha é reconhecer que sua missão materna continua: ela intercede por nós, protege a Igreja e guia os povos no caminho da paz. Essa devoção se intensificou no século XX, especialmente após os Congressos Marianos e a proclamação da festa de Cristo Rei, instituída por Pio XI em 1925. A realeza de Maria, portanto, deriva da realeza de seu Filho.
Em 1954, Pio XII coroou solenemente a imagem de Maria Salus Populi Romani, recordando a intercessão da Virgem durante a Segunda Guerra Mundial, quando Roma foi preservada de tragédias ainda maiores. Essa tradição de invocá-la como Rainha permanece viva na piedade dos Papas e do povo cristão até hoje.
Invocar Maria como Rainha da Paz é de uma atualidade impressionante. Diante das guerras, violências e conflitos que marcam o nosso tempo — na Terra Santa, na Ucrânia e em tantas outras regiões —, recorremos a Maria para que interceda junto de seu Filho, o Príncipe da Paz.
Foi neste espírito que o Papa Leão XIV, em sua audiência de 20 de agosto de 2025, convidou-nos a viver o próximo dia 22 de agosto, memória de Nossa Senhora Rainha, como dia de jejum e oração pela paz. Suas palavras são claras e proféticas:
“Maria é invocada como Rainha da Paz, enquanto nossa terra continua a ser ferida pelas guerras. Convido todos os fiéis a viverem o dia 22 de agosto em jejum e oração, suplicando ao Senhor que nos conceda paz e justiça, e que enxugue as lágrimas daqueles que sofrem por causa dos conflitos armados em curso. Maria, Rainha da Paz, interceda para que os povos encontrem o caminho da paz.”
Diante desse apelo, irmãos e irmãs, somos chamados a transformar esta festa em ato de fé e de compromisso. Que cada família, paróquia e comunidade organize momentos de oração, vigílias, recitação do terço e adoração. Que em cada lar ecoe a súplica da Igreja: “Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogai por nós!”
Façamos do jejum e da oração armas espirituais contra a violência e a indiferença. Sigamos o exemplo de Maria, Rainha humilde, que jamais se coloca acima dos homens, mas caminha conosco como Mãe e Mestra.
Que ela continue a proteger a humanidade inteira, guardando-nos na paz e conduzindo-nos sempre a Jesus Cristo, o Rei do Universo.
Oração a Nossa Senhora Rainha dos Anjos
Ave, Augusta Mãe de Deus, Soberana dos Anjos, Virgem poderosa, que sois tão terrível como um exército disposto em ordem de batalha. .
As inumeráveis legiões de Espíritos celestes gloriam-se de marchar sob o vosso estandarte, de Vos reconhecer por sua Rainha..
Rica dos bens de vosso Filho fostes exaltada no Céu acima de todos os coros angélicos e estes ministros do Altíssimo Vos oferecem, constantemente, coroas para encarecer o vosso triunfo..
Dignai-Vos, ó gloriosa Rainha dos Anjos, interessar-Vos pela minha salvação, tomar-me sob a vossa proteção e conceder-me as vossas graças..
Obtende-me a graça de calcar os pés o demônio do orgulho e de cumprir generosamente todos os meus deveres; conservai-me, no meio da corrupção geral, numa inviolável pureza, que me faça levar uma vida angelical, não obstante os laços e as seduções do espírito das trevas; pedi a Deus para mim o precioso dom da perseverança, para que um dia possa bendizer, louvar e adorar ConVosco e com os Anjos, o Deus três vezes Santo, por toda a eternidade.
Amém.
Fonte: CNBB
A Medalha milagrosa: um sinal de Maria
O meio mais recomendado para realizar o seu apostolado específico, e que diretamente constitui a segunda condição para pertencer à Milícia da Imaculada, é a Medalha Milagrosa.
A história da Medalha Milagrosa
Este pequeno item se tornou um distintivo para nós da Milícia da Imaculada. A missionária Marisa Vieira vem contar toda a história e simbologia que envolvem esse grande presente que a Virgem Maria nos deu através de Santa Catarina Labouré.
Reze conosco a Novena da Medalha Milagrosa
A novena é uma oração especial para que possamos nos expressar e nos comunicar com Deus através de uma intercessão especial. Venha rezar com a MI!
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