Por Angelica Lima Em Notícias Atualizada em 29 OUT 2019 - 12H27

No dia mundial de combate ao AVC, o alerta é para a prevenção

O Acidente Vascular Cerebral é a principal causa de mortalidade no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a causa é responsável por cerca de 100 mil mortes ao ano.


AVC é a principal causa de mortalidade no mundo.


Um em cada quatro brasileiros terá um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ao longo da vida. As informações são da Ong Rede Brasil, criada para melhorar a assistência do paciente em todo o país. E, justamente para evitar o avanço da doença e lembrar que é preciso cuidar da saúde e mudar os hábitos de vida, que o dia 29 de outubro foi instituído como o Dia Mundial de Combate ao AVC. A ideia é mostrar que os cuidados antecipados resultam na redução de 90% dos casos

Por ano, mais de 17 milhões sofrem com o entupimento ou o rompimento de um vaso que leva sangue aos neurônios. Nesse mesmo ciclo de 12 meses, 400 mil brasileiros encaram o problema. Desses, 100 mil não sobrevivem para contar história, o que faz do AVC a segunda grande causa de óbito no país, atrás apenas do infarto. Pior: a doença começa a atingir gente cada vez mais jovem. A quantidade de pessoas com menos de 45 anos que tiveram essa pane na cabeça aumentou 62% entre 2005 e 2015.

Os principais fatores que contribuem para o AVC


Ao controlá-los, o risco de passar por essa enrascada cai drasticamente, como mostram os números abaixo:

Hipertensão: 47,9%

Sedentarismo: 35,8%

Colesterol alto: 26,8%

Dieta ruim: 23,2%

Obesidade: 18,6%

Estresse: 17,4%

Tabagismo: 12,4%

Doenças cardíacas: 9,1%

Alcoolismo: 5,8%

Diabetes: 3,9%

Quais os sintomas e como começa um AVC?

Existem alguns sinais que o corpo dá que ajudam a reconhecer um Acidente Vascular Cerebral.

Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:

- Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;

- Confusão mental;

- Alteração da fala ou compreensão;

- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);

- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;

- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Como prevenir o AVC?


Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e de outras doenças crônicas, como câncer e diabetes. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, dependem apenas da pessoa e são os principais para prevenir essas doenças.

- Não fumar;

- Não consumir álcool;

- Não fazer uso de drogas ilícitas;

- Manter alimentação saudável;

- Manter o peso ideal;

- Beber bastante água;

- Praticar atividades físicas regularmente;

- Manter a pressão sob controle;

- Manter a glicose sob controle.

A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.

No âmbito da rede pública de saúde, o Ministério da Saúde investe em ações para a promoção da saúde como o Programa Academia da Saúde, que trabalha práticas corporais e atividade física por meio da implantação de polos. Há também o Guia Alimentar para a População Brasileira, que dá orientações sobre os cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada, evitando o desenvolvimento de doenças crônicas, como o AVC.

Para complementar o Guia, foi lançada a publicação Alimentos Regionais Brasileiros, que divulga a variedade de alimentos no país e orienta as práticas culinárias, estimulando a valorização da cultura alimentar brasileira. Ainda sobre alimentação e nutrição, a pasta lançou o Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados com a meta de tirar 28.562 toneladas de sódio dos alimentos processados até 2020. Com esta ação, espera-se que haja a redução em 15% os óbitos por AVC e 10% por infarto.

Diagnóstico do AVC

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.

Assim que o paciente chega ao hospital, entre os cuidados clínicos de emergência estão:

- Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura.

- Checar a glicemia.

- Colocar a pessoa deitada, exceto se houver vômitos.

- Colocar acesso venoso no braço que não estiver paralisado.

- Administrar oxigênio, caso a pessoa precise.

- Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante.

Os procedimentos com finalidade diagnóstica em neurologia estão contemplados no Sistema Único de Saúde - SUS.

Tratamento e reabilitação do AVC

O tratamento do AVC é feito nos Centros de Atendimento de Urgência, que são os estabelecimentos hospitalares que desempenham o papel de referência para atendimento aos pacientes com AVC. Essas unidades de saúde disponibilizam e realizam o procedimento com o uso de trombolítico, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico.

A reabilitação pode ser feita nos Centros Especializados em Reabilitação (CERS). A melhor forma de tratamento, atendimento e reabilitação, que podem contar inclusive com medicamentos, devem ser prescritos por médico profissional e especialista, conforme cada caso.

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