A ressurreição na Pastoral da Sobriedade
Igreja

A ressurreição na Pastoral da Sobriedade

A Pastoral da Sobriedade tem como objetivo ajudar os dependentes, vítimas do álcool e das drogas, ajudando não só as vítimas, mas a família que sofre vítima dos efeitos das drogas no dependente e a comunidade que convive com essas pessoas.

Escrito por Paulo Teixeira

17 MAR 2020 - 13H51 (Atualizada em 17 AGO 2021 - 10H19)

Por Daniele Roque

“A droga é um mal e ao mal não se dá trégua”, escrevia o Papa João Paulo II às comunidades terapêuticas. O Papa lembra também das dificuldades para sair dessa situação, que uma vez instaurada, agravam e ampliam a sensação de desespero. As vítimas que são as próprias famílias e a comunidade em redor são induzidas a um comportamento de rendição.

As vítimas, como sabemos, são homens e mulheres de todas as idades, que se encontram infelizmente roubados em seus valores mais preciosos, são profundamente feridas no corpo e no espírito, violadas no íntimo de sua própria consciência e ofendidas em sua dignidade.

Deus nunca abandona seus filhos, dando dons e possibilidades para aquelas pessoas que por natureza e por dom de Deus são sensíveis ao sofrimento humano.

A Pastoral da Sobriedade, presente em diversas paróquias e comunidades, conta com a experiência de diversas famílias que são realmente um sinal de ressurreição, atrás de tantos “bons samaritanos” que acolheram em seus braços o irmão caído.

Conheci um senhor que, depois de 16 anos de bebida, chegando muitas vezes também ao uso de drogas, viu o seu casamento de 20 anos arruinado por tantas brigas. Sem emprego, sem dinheiro e quase abandonado por aqueles que amava, chegou ao fundo do poço.

Um dia, chegando em casa mais uma vez fora de si pelos efeitos da droga, não encontrou sua esposa em casa, pensando que ela o tivesse abandonado caiu em si ao ver que ela chega depois das dez da noite com os olhos vermelhos de tanto chorar, mas com um brilho de esperança. Ao invés de acolhê-la, brigou mais uma vez com ela, e chorando ela desabafou dizendo que apesar de todo sofrimento ela o amava e queria salvar a sua família e o seu casamento, essa seria a última oportunidade.

Deus tinha falado com ela e dado uma luz. Depois de ter participado de uma missa, o comentarista convidou a todos aqueles que sofriam com dependência química ou alguém que tinha em sua família alguém vítima desse mal, a participar da reunião da Pastoral da Sobriedade. A esposa participou e sentiu que a esperança de uma recuperação poderia lhe ser devolvida, e que esse mal teria cura.

O exemplo e a perseverança da esposa, impulsionou o marido a participar das reuniões, mais pelo amor que sentia de sua esposa do que por convicção pessoal, mas a acolhida e o amor que sentia por parte dos agentes começaram a transformá-lo. Todos os encontros era repetido sobre o lento processo de cura, começando pela abstinência que é a parte mais dura. Era preciso muita paciência e perseverança, e era a perseverança de sua esposa que o animava a continuar.

A paz e o amor voltou a reinar em seu lar, apesar de não estar totalmente curado. A reinserção social foi um dos fatores importantes que o ajudou na abstinência do álcool, alimentada pela fervorosa oração feita em família, isso substituía um copo de pinga, dormia feliz, essa era a grande diferença.

Essa ressurreição, contou ele, é contínua, dia após dia é preciso lutar e buscar ressurgir.

O amor foi o que o salvou, o amor da esposa, da filha, das “pessoas da Igreja”, isto é, da Pastoral da Sobriedade, o amor dos outros dependentes e principalmente o amor de Deus que não o abandonou.

Vejo no exemplo e na vida das pessoas que formam esta pastoral, um sinal de ressurreição, uma passagem de morte para vida, através do amor. Amor que ultrapassa condições sociais, religião, cor, raça, é a pessoa humana que sofre, que merece ser reconhecido em sua dignidade que precisa desta salvação trazida por Cristo, a morte e ressurreição de Cristo é a esperança que nossa vida não termina aqui.

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