No Novo Testamento a expressão Reino de Deus aparece 122 vezes, destas 99 se encontram nos evangelhos sinóticos, onde por 90 vezes a expressão está na boca de Jesus. No evangelho de João e nos outros escritos neo-testamentários a expressão tem somente um papel marginal, se pode dizer que “enquanto a haste da pregação pascal de Jesus é o anúncio do Reino de Deus, o centro da pregação apostólica pós-pascal é a cristologia”.
Podemos considerar uma breve história do Reino de Deus dentro da Sagrada Escritura, partindo da soberania de Deus nos salmos que proclamam a realeza de Deus, uma realeza cósmica e universal resaltada, sobretudo, nos salmos 47,93,96,97,98,99.
Depois das catástrofes sofridas pelo povo a realeza de Deus se torna expressão de esperança para o futuro como é retratado no livro de Daniel, onde surge a figura do Filho do Homem que traz o senhorio de Deus. No tempo de Jesus o senhorio de Deus está focado no templo e na liturgia da sinagoga.
Basiléia Tou Theou, um Reino que não é comparável ao Império Romano, nem um Reino de oposição, como se houvesse o Reino de Deus e o do diabo, do bem e do mal. O Reino de Deus é único. Moltmann cita como mais adequado falar de senhorio de Deus, porque este Reino só existe em função de seu senhor.
O Reino de Deus nos Santos Padres pode ser entendido de três formas como afirma Ratzinger: A primeira é a dimensão cristológica: “Jesus mesmo é o Reino; o Reino não é uma coisa, não é um espaço de domínio como os Reinos do mundo. É uma pessoa, é ele”. Uma segunda linha interpretativa é aquela que Ratzinger define como idealistica ou também mística: “Esta vê o Reino de Deus colocado essencialmente na interioridade do homem”. E uma terceira dimensão, podemos definir como eclesiástica: “O Reino de Deus e a Igreja são em vários modos colocados em relação entre eles e mais ou menos aproximados um ao outro”.
O Reino não é uma doutrina, é um acontecimento. O fato do Reino estar presente é a motivação da esperança das pessoas. Jesus não fala de um porvir, mas de uma presença transformadora. Tal acontecimento é definido assim por Antonio Pagola: “O Reino de Deus é a chave ara captar o sentido que Jesus dá à sua vida e para entender o projeto que quer ver realizado na Galiléia, no povo de Israele, definitivamente, em todos os povos”.
O Reino não é algo espetacular, que chega chamando a atenção como circo em cidade pequena. O Reino não é uma possibilidade, algo que pode acontecer, mas já está presente. “O Reino de Deus está dentro de vós’, isto levou, infelizmente, a desfigurar o pensamento de Jesus, reduzindo o Reino de Deus a algo privado e espiritual que acontece no intimo de uma pessoa quando ela se abre à ação de Deus. Jesus não pensa isto quando fala nos camponeses da Galileia. Procura, ao contrário, convencer a todos de que a vinda de Deus para impor sua justiça não é uma intervenção terrível e espetacular, mas uma força libertadora, humilde, mas eficaz, que está aí, no meio da vida, ao alcance de todos os que a acolherem com fé”.
O Reino de Deus está na esfera do absoluto, é mais que as libertações históricas, pois estas, por melhores que sejam, são sempre limitadas e abertas a ulteriores aperfeiçoamentos. Contudo, quando se afirma que essa sociedade de libertos antecipa e concretiza temporalmente o Reino de Deus e está preparando sua plena realização. Isto quer dizer que não haverá diferença qualitativa sem contradição entre a nova sociedade e o Reino de Deus, entre o que é antecipação e o que será plenitude. Haveria entre eles uma relação de continuidade, uma relação entre o que ainda é parcial e o que será pleno depois.
“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
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