Comportamento

Como podemos mudar a família?

O relacionamento familiar, por vezes, não é fácil, mas temos que estar atentos ao nosso comportamento para que possamos melhorar essa convivência

Escrito por MI

30 ABR 2019 - 12H49 (Atualizada em 25 AGO 2021 - 09H37)

Frei Patrício Sciadini, carmelita descalço

É demasiadamente fácil ser questionadores, o que é difícil é fazer e colocar em prática as soluções que damos aos outros com extrema facilidade. Os conselhos nos vêm de todos os lados, com aquelas frases típicas e revoltantes: “eu faria, eu diria, seria necessário...”. Mas os verbos conjugados no condicional servem muito pouco. É mão na massa, é lutar. O grande poeta Dante Alighieri, autor da imortal Divina Comédia, diz: “De bons conselhos e de bons propósitos está ladrilhado o inferno”, mas não o paraíso. Mas vamos lá, para poder oferecer aos nossos leitores “receitas” de transformação que têm dado certo para mim na construção da comunidade religiosa, que não deixa de ser uma “grande família”, com todos os sonhos da família e alguns a mais, e com todos os problemas da família, com alguns a mais ou a menos. 

Antes de mais nada, é necessário tomar consciência de que não estamos satisfeitos com o estilo de vida que levamos, com o relacionamento interno e externo e, portanto, há em nós um desejo forte de mudar, de sair da “mesmice” cansativa. Apresentaria quatro sugestões – três é pouco e cinco é demais e se esquece imediatamente, são como chuva que cai no guarda chuva:

1. Começar a mudança com a gente… e não com os outros. O que você critica nos outros, se olhar bem, é o que você mesmo faz. Deixe a crítica áspera, amarga, e seja na família o contrário do que você vê de errado. Se você se sente incomodado pela gritaria dos outros, não grite, fale baixo, com amor e ternura. Se você se incomoda com a avareza dos demais, seja generoso e seja sempre o primeiro no serviço. Nunca deixe que os outros o chamem à atenção, mas saiba ser modelo de vida em tudo. Mude você e os outros mudarão.

2. Ame e depois ame e ainda ame. O amor autêntico não se escandaliza com os erros dos outros, mas os compreende e os perdoa com generosidade. Jesus nos deu a chave do amor para solucionar 99% dos problemas da vida. Como posso, por exemplo, amar a limpeza se onde passo deixo lixo, sujeira, e depois me queixo dos rios poluídos? Salvar os outros, numa palavra, significa amar o outro para que, sentindo-se amado, se desarme de tudo e possa começar a viver uma vida com novidade e com alegria.

3. Não dê importância às ofensas, mas sim ao bem recebido. A nossa memória é terrível, lembra com extrema facilidade do mal que recebe e o guarda para que se multiplique em outros tantos sentimentos contrários à convivência. Esquecer o mal e lembrar do bem recebido, ser sempre agradecido com todos, mesmo quando sente repugnância dentro de você.

4. Aprenda a arte da doce paciência… A paciência é uma virtude que sabe ser filha legítima da esperança. Não se podem obter resultados a toque de caixa, mas necessitamos de paciência para que os corações, pela graça de Deus e pelo amor, se decidam a ser diferentes… Mudar a família, a comunidade, a Igreja é possível só se você mudar primeiro.

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