Nossa Senhora

Maria e as calamidades

Pegando o caso específico de Roma, percebemos como a devoção a Maria é fator relevante para superação dos obstáculos.

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

11 AGO 2020 - 17H43 (Atualizada em 16 AGO 2021 - 11H35)

Roma é uma cidade atravessada por um rio e com sete colinas. Fria e sem neve no inverno, e úmida e abafada no verão, a cidade que lotava com a presença de peregrinos também fazia circular vírus e bactérias. No ano 590, durante uma epidemia, o Papa Gregório Magno organizou uma grande vigília de oração a Nossa Senhora. Um fato interessante é que nesse tempo já se reconhecia a necessidade do distanciamento social e do cuidado com as aglomerações. Dessa forma, foram sete procissões, cada uma em um canto da cidade para pedir a cura.

Um texto da época conta que pelas ruas em que passavam os quadros de Nossa Senhora, o ar infectado se afastava. Chegando no vaticano, o Papa olhou para o castelo de Crescêncio, que foi o túmulo do imperador Adriano, e viu um anjo limpando a espada de sangue. Aquele foi o sinal de que foi vencido o vírus e o castelo passou a se chamar Santo Anjo. Em 1660, houve outra peste e o Papa Alexandre VII rezou diante do quadro de Maria salvação do povo romano que está na basílica de Santa Maria Maior.Leia MaisSomos propriedade irrevogável da Imaculada10 virtudes de Nossa SenhoraTempo de meditar as dores de MariaLutando pela Vida

A afluência de peregrinos para os anos santos levava consigo doenças. As diversas casas de caridade de Roma levavam o nome de Santa Maria. Ela era o ícone de caridade e solidariedade. Os santuários marianos, por exemplo, além da intensa atividade espiritual, mantinham robustos serviços de solidariedade em nome de Santa Maria.

No ano 1700, um grande terremoto atingiu Roma. A reconstrução não seria fácil e o papa com os políticos e nobres da época fizeram um voto de jejuar na véspera da festa da apresentação do Senhor por 100 anos.

Outra situação complexa em que os cristãos recorreram a Maria foi diante da ameaça de invasão do Império turco otomano sobre a Europa. Houve uma batalha naval em outubro de 1571 e o Papa Pio V conclamou todos os fiéis para rezarem o rosário. A vitória nos marca até hoje.

Em 1944, durante a segunda Guerra Mundial houve a dolorosa ocupação alemã de Roma. O Papa rezou no Santuário de Nossa Senhora do Divino Amor uma novena. No último dia, as tropas alemãs foram embora.

Hoje, em diversas partes do mundo e, sobretudo pelos meios de comunicação, as orações a Maria pedem a superação da pandemia do coronavírus. Um momento duro da história, mas que podemos contar com o consolo de Maria.

REFERÊNCIA: BOFF, Clodovis. Mariologia Social. Paulus, 2005.

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Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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