A Virgem Maria fez sua peregrinação na fé e caminhou com Jesus e os discípulos. A vida de Maria foi concluída com a glorificação no céu. Ela é um sinal de que Jesus é o caminho para a vida dos cristãos e de que há a vida eterna como meta e pátria definitiva dos cristãos. Maria é sinal de consolação para nossa caminhada terrena e sinal de esperança pelo que há de vir.
Maria está presente no caminho de todos os cristãos como esteve no de Cristo. “A Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da igreja que se há de consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor” (Lumen gentium 68).
No Brasil, por exemplo, existe forte devoção à Virgem Maria que caracteriza traços da cultura popular. Em outras nações é diferente a forma de venerar Maria. E em outras igrejas cristãs, Maria é vista por uma perspectiva diferente. Mas devemos ter atenção para o fato de que a visão diferente não deve ser divergente. Por exemplo, para os grupos cristãos sérios que estudam a Bíblia e a fé cristã, Maria não é uma figura qualquer e nem deve ser ignorada. Desta forma, ao invés de ser um fator de divisão entre os cristãos, o debate sobre a figura de Maria deve ser sinal de unidade, como pede a constituição Lumen gentium no número 69.
Alguns grupos cristãos, sobretudo neopentecostais, agem até com violência em relação à Mãe de Jesus e às devoções dos fiéis católicos. São pessoas que desconhecem a Palavra de Deus e seus grupos não são igrejas que seguem a Jesus Cristo, são grupos privados de doutrina.
Outro elemento interessante para refletirmos sobre a presença de Maria na Igreja é em relação ao caminho percorrido pelos cristãos ortodoxos. Não são católicos devido a separação do século XI e tem suas comunidades ligadas a Igrejas da Síria, Egito, Rússia, Turquia, Jerusalém, Grécia, Ucrânia e Armênia, principalmente. Nos últimos dois séculos, sobretudo, estes povos imigraram para o ociente transmitindo também a vasta cultura religiosa. Diante de contextos históricos, sociais e religiosos diferentes, a devoção a Maria se difundiu de uma maneira diferente dos cristãos do ocidente. Os ícones, que são pinturas com mensagens espirituais, trazem sempre a figura de Maria ligada intimamente àquela de Jesus. Outro exemplo, é o hino chamado akathistos, que, em grego, quer dizer “estar de pé”, que apresenta pérolas de poesia espiritual sobre Maria.
A Mãe de Deus, uma mãe para todos, uma imagem para a Igreja e para unir os cristãos.
“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
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