Igreja

Ação Evangelizadora

Conversa com Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luís - MA

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

09 JUN 2019 - 13H45 (Atualizada em 24 AGO 2021 - 15H55)

O texto para as novas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovado na 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida SP, aponta para uma Igreja mais urbana e missionária para o próximo quadriênio. O texto fala também de uma igreja acolhedora. 

O Arcebispo de São Luís - MA, Dom José Belisário da Silva coordenou os trabalhos na Comissão Especial sobre a atualização das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Ele conversou com a Rede Milícia Sat sobre o assunto.

A maior preocupação da Igreja é de traduzir o que a Igreja precisa no momento. Qual a sensibilidade das nossas dioceses diante das necessidades da realidade no Brasil?

Nas últimas décadas, o Brasil passou por um processo muito grande de urbanização. Vivemos hoje uma realidade urbana e mesmo as pessoas que vivem em cidades menores ou do interior são influenciadas pela cultura urbana. A cultura urbana tem vantagens, mas também desvantagens. Na cidade, pro exemplo, há mais individualidade e isso é bom. Mas corre-se o risco de cair no individualismo vivendo separadamente dos outros. No interior as pessoas são mais sociáveis, comunitárias e convivem mais. A questão é: como a Igreja continua sua presença de evangelização nesta grande cidade? Começamos a pensar e percebemos que vivemos numa casa comum que passa por grandes transformações. Hoje ela está extremante urbanizada e tem seus problemas. As concentrações em bairros populares, a questão da mobilidade e do saneamento, entre outras, são questões que trazem sofrimento para as pessoas.

Para encontrar caminhos, olhamos para as comunidades primitivas que estão descritas nos Atos dos Apóstolos para continuar a construir a nossa casa. Para construir bem uma casa encontramos o fundamento da Palavra de Deus. Os primeiros cristãos que eram firmes na doutrina dos apóstolos, ou seja, a Palavra de Deus. Esta é uma pilastra da casa.

A segunda pilastra é o fato que eram assíduos na partilha do pão, isto é, na celebração. A liturgia e a eucaristia são a segunda pilastra.

E eles se ajudavam mutuamente e como fruto das duas pilastras anteriores, surge a da caridade. A igreja deve estar presente na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

A quarta pilastra é a missão que é a grande tarefa da Igreja. Precisamos ser uma Igreja de portas abertas para que as pessoas possam entrar e serem acolhidas, e também saírem ao encontro de quem precisa.

Esta é a direção para a evangelização nos próximos quatro anos. Queremos evangelizar a cultura urbana.

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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