O texto para as novas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovado na 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida SP, aponta para uma Igreja mais urbana e missionária para o próximo quadriênio. O texto fala também de uma igreja acolhedora.
O Arcebispo de São Luís - MA, Dom José Belisário da Silva coordenou os trabalhos na Comissão Especial sobre a atualização das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Ele conversou com a Rede Milícia Sat sobre o assunto.
A maior preocupação da Igreja é de traduzir o que a Igreja precisa no momento. Qual a sensibilidade das nossas dioceses diante das necessidades da realidade no Brasil?
Nas últimas décadas, o Brasil passou por um processo muito grande de urbanização. Vivemos hoje uma realidade urbana e mesmo as pessoas que vivem em cidades menores ou do interior são influenciadas pela cultura urbana. A cultura urbana tem vantagens, mas também desvantagens. Na cidade, pro exemplo, há mais individualidade e isso é bom. Mas corre-se o risco de cair no individualismo vivendo separadamente dos outros. No interior as pessoas são mais sociáveis, comunitárias e convivem mais. A questão é: como a Igreja continua sua presença de evangelização nesta grande cidade? Começamos a pensar e percebemos que vivemos numa casa comum que passa por grandes transformações. Hoje ela está extremante urbanizada e tem seus problemas. As concentrações em bairros populares, a questão da mobilidade e do saneamento, entre outras, são questões que trazem sofrimento para as pessoas.
Para encontrar caminhos, olhamos para as comunidades primitivas que estão descritas nos Atos dos Apóstolos para continuar a construir a nossa casa. Para construir bem uma casa encontramos o fundamento da Palavra de Deus. Os primeiros cristãos que eram firmes na doutrina dos apóstolos, ou seja, a Palavra de Deus. Esta é uma pilastra da casa.
A segunda pilastra é o fato que eram assíduos na partilha do pão, isto é, na celebração. A liturgia e a eucaristia são a segunda pilastra.
E eles se ajudavam mutuamente e como fruto das duas pilastras anteriores, surge a da caridade. A igreja deve estar presente na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.
A quarta pilastra é a missão que é a grande tarefa da Igreja. Precisamos ser uma Igreja de portas abertas para que as pessoas possam entrar e serem acolhidas, e também saírem ao encontro de quem precisa.
Esta é a direção para a evangelização nos próximos quatro anos. Queremos evangelizar a cultura urbana.
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