O nosso próximo é aquele que precisa de nós

(Gl 1,6-12) (Sl 110) (Lc 10,25-37)

A liturgia da palavra nos mostra que na comunidade de Gálatas haviam disputas e divisões, pessoas que deturpavam o Evangelho. Paulo exortava para que permanecessem firmes em suas convicções e em Deus. Damos muita importância ao julgamento que os outros fazem de nós, principalmente a criança e o jovem têm essa preocupação e muitas vezes na vida adulta ainda permanece essa preocupação de agradar os outros. Só Deus conhece o nosso coração, por isso, não devemos nos preocupar em agradar a todos.

A nossa responsabilidade é só amar e viver no amor. São Maximiliano deu sua vida por um desconhecido. O nosso próximo é aquele que precisa de nós. Padre Kolbe deu um passo que mudou tudo, deu a sua vida e não quis saber se aquele homem, Francisco, merecia ou não. Não perguntou se ia agradar alguém, ele só quis agradar a Deus.

A Palavra de hoje é um convite a um discernimento e também contém um aviso que lutar pela verdade e pela justiça tem um preço. As perseguições, as incompreensões e as agressões vêm junto, mas importa agradar só a Deus. Não vamos perguntar somente quem é o meu próximo, mas devemos nos tornar próximos dos outros, não somente da nossa família, dos nossos filhos, dos nossos pais ou dos nossos amigos, mas de todos que precisam de nós. Tudo o que é humano deve tocar o nosso coração. Toda vez que a dignidade humana é sofrida, deve doer também em nós. Quantas vezes passamos sem enxergar um irmão que está sofrendo. Olhamos, mas não vemos, nos custa parar para ajudar. A nossa sociedade torna invisíveis os mais vulneráveis.

Vamos pedir ao Senhor, olhos para ver e coragem para carregar a cruz quando ela chegar, quando não somos compreendidos. Não ceder à tentação de odiar quem nos odeia, magoar quem nos magoa e pagar o mal com o mal. Livre não é quem se vinga, livre é quem, como esse samaritano, que viu no homem caído um irmão e o ajudou a se reerguer. Amém.