Por Padre José Alem, missionário claretiano
No início de seu Evangelho, São João narra o começo do ministério de Jesus que acontece de uma maneira especial num casamento, na cidade de Caná, na Galileia. A um certo ponto Jesus pergunta a sua mãe: “Que há entre ti e eu, mulher?” Trata-se de uma pergunta pedagógica que possibilita que Maria tenha uma nova revelação, uma nova compreensão de quem é Jesus e de quem é Ela. À pergunta de Jesus, Maria responde com um ato de fé: “Façam tudo o que ele lhes disser” (Jo 2,5). Esta pergunta de Jesus se relaciona perfeitamente àquela outra que aparece no Evangelho de Marcos: “Quem é minha mãe”? (Mc 3, 33). A resposta de Maria em Caná mostra que Ela é antes de tudo alguém que crê, que confia, que está pronta a fazer e a orientar para que façam, a vontade dele, Seu filho. Sua resposta é, antes de tudo, uma resposta de fé e de amor.
Ao chamar sua mãe de mulher, como fez com a samaritana junto ao poço e a Maria de Magdala que procurava Jesus entre os mortos, Jesus mostra que existe um tipo de relação entre Ele e sua mãe que vai além do fato biológico. Há entre eles uma relação de fé. Por isso a resposta de Maria é orientar aos servos que cumpram de modo incondicional o que Seu Filho lhes disser. Atitude de quem tem fé e de quem conduz à fé.
O Evangelho de João é rico em simbolismos. Por trás de todos os acontecimentos narrados e de seus personagens está um mundo de significados a ser descobertos. Este Evangelho apresenta Maria não só como alguém que ouve seu Filho e que age inspirada na sua palavra, mas alguém que orienta os demais a fazerem o mesmo, fazer o que Jesus diz. A relação que Maria mantém com seu Filho consiste em pôr-se a serviço de sua missão, estimulando todas as pessoas a escutar o que Ele diz e agir de acordo com sua Palavra. Nisso consiste o fundamento da fé que se traduz em amor, em atitudes de vida.
Na cena de Caná Maria se comporta como uma mulher que crê, desejosa de expandir sua experiência de fé. Ela se comporta como alguém que colabora com seu filho Jesus, alguém que contribui para a sua missão. São João mostra que Maria teve um tipo de relacionamento com o seu Filho como alguém que além de mãe é discípula, uma fiel participante.
Quando Maria e o discípulo amado são confiados um ao outro por Jesus na cruz, há nessa cena uma mostra concreta do papel de Maria na vida de Jesus e da comunidade dos discípulos assim como que tipo de relação deve haver dos discípulos com a mãe de Jesus.
Maria é a mãe do discípulo amado, mãe de todos os discípulos que são como tais amados e convidados a viver e a fazer tudo o que Ele nos diz.
A humildade de São Boaventura
Acesse e vamos conhecer a história de São Boaventura, que a Igreja celebra neste dia 15 de julho. Acesse!
Fé é acreditar sem ver
Frei Aloisio fala sobre a importância de acreditarmos sem vermos. Acesse!
Santo Antônio: mais que casamenteiro
Neste mês celebramos os santos mais populares da Igreja: São João, São Pedro, São Paulo e Santo Antônio, sendo este último o mais conhecido. Por conta de sua fama de casamenteiro, os fiéis, se esquecem de ele, ainda em vida, praticou milagres e converteu muitas pessoas. Acesse e venha conhecer essa linda história com a gente!
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.