A Santa Missa

A morte não é o fim

Na Santa Missa desta terça-feira (05), Frei Sebastião medita sobre a vida eterna que encontramos em Deus

Escrito por Frei Sebastião Benito Quaglio

05 JUL 2022 - 11H36 (Atualizada em 05 JUL 2022 - 12H11)

Pixabay

O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv.) presidiu hoje a Santa Missa, no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Os 8,4-7.11-13) e o Evangelho de hoje (Mt 9,32-38).

Em sua homília, Frei Sebastião destaca que é importante acompanhar o Evangelho e ver a disponibilidade de Jesus para socorrer. Nos relatos dos evangelistas não há uma pessoa necessitada, que tendo procurado Jesus, fosse deixada de lado, sem ser atendida. Ele sempre tinha compaixão pelos sofredores.

Compaixão significa, não somente ver os sofredores, mas sofrer junto com eles. A encarnação de Deus quis experimentar e sentir, como nós humanos estamos vivendo, assumindo toda a nossa realidade.

Essa missa estou dedicando ao Dom Cláudio Hummes. Ultimamente, às terças e sextas-feiras, eu ia até lá celebrar com ele, que já estava bem debilitado. Eu tive uma experiência de vida e uma amizade muito bonita com Dom Cláudio.

Praticamente acompanhei toda a sua trajetória como bispo, arcebispo e cardeal, principalmente como bispo na Diocese de Santo André. Ele era amigo do Papa Francisco.

Agora Deus o chamou, ontem eu cheguei lá e fazia poucos minutos que ele tinha falecido. Fiquei muito emocionado, a gente não gosta de ver as pessoas que fazem parte da nossa vida, partir. Porém, temos que nos apegar a nossa fé.

A morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida! O grão de trigo morre para brotar de novo. Enquanto semente não podemos ver o seu potencial.

Admiramos as flores nessa mata, mas para que tenhamos toda a beleza da natureza, é preciso que aconteça a morte, que, pensando bem, não é morte, é a explosão da sua potencialidade, por meio das sementes.

Assim, a morte da nossa vida, não é a morte, mas é a ressurreição. A vida não é tirada, mas transformada e desfeito esse corpo mortal, nos é dado no céu, um corpo imperecível.

Quando falamos de céu, nós olhamos para o alto, mas o céu não está no alto; o céu é o mundo de Deus no qual já estamos existindo. Jesus nos deu esse poder: “quem vive e crê em mim, nunca mais morrerá” e ainda: “antes da criação do mundo, Deus nos escolheu para sermos os seus filhos em Jesus Cristo, para louvor de sua Glória”.

Portanto, não podemos padecer com a morte, se somos a Glória de Deus, se viemos antes da criação do mundo, a nossa origem é Deus e a nossa manifestação final é o próprio Deus.

É bom lembrar disso porque não é o cemitério o final da nossa existência, seremos semelhantes a Deus, somos filhos Dele, um dia não precisaremos mais da luz do sol, porque o próprio Deus será a nossa luz. Seremos semelhantes a Ele, O veremos face a face.

Porque agora não podemos ver e nem sentir, mas depois tudo será diferente, o que o olho humano nunca viu, o que a mente humana nunca imaginou, isso tudo Deus preparou para os seus filhos. Sabemos que a morte dos nossos entes queridos é dolorosa, mas temos que crer que não é ela o fim.

Agradeço muito a Deus, por ter conhecido Dom Cláudio. Quando comecei a trabalhar com a Milícia, ele também se apaixonou pela proposta e quando tínhamos que comprar a Rádio, ele ajudou muito. Depois aqui, ele mesmo nos abriu a Diocese que queria colaborar para a compra da rádio. Assim fomos juntos nessa Diocese trabalhando para o crescimento da Milícia. Ele foi um grande amigo e hoje eu quero oferecer essa missa para ele. Amém.

Transcrição Marta Romero

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Frei Sebastião Benito Quaglio , em A Santa Missa

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.