O Frei Pacífico Alves Santos (OFMConv.) presidiu hoje a Celebração da Palavra no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Nm 21,4-9) e o Evangelho de hoje (Jo 3,13-17).
Em sua reflexão, Frei Pacífico destaca que é importante celebrarmos a Exaltação da Santa Cruz, porque a não é instrumento de morte, sacrifício ou de dor. A Cruz do Senhor já é a sua glória.
Para nós franciscanos, essa festa é muito importante, porque quando São Francisco ainda estava em discernimento, encontrou uma cruz na Igreja de São Damião. Ninguém sabe ao certo se a cruz falou com ele ou se foi a voz do Cristo vinda da cruz.
A frase que Francisco ouviu foi: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está destruída”. Ele prontamente começou a levantar as pedras para reconstruir aquela igreja, mas a cruz falava da Igreja de Jesus Cristo.
Assim, muitos se juntaram a Francisco e formaram os primeiros franciscanos. Quando olhamos a cruz de São Damião percebemos na sua pintura que Jesus está de olhos abertos. É uma iconografia do século IX que foi encontrada por Francisco no século XIII. Os olhos de Jesus estão abertos. Isso significa que a cruz não é o fim, mas já é a glória.
Podemos achar que isso é muito bonito e complicado ao mesmo tempo. Porém, isso nos lembrar das nossas dores, cansaços e situações difíceis. Também nos ensina a aceitar nossos sacrifícios e com a luz de Cristo podemos ressignificar os nossos sacrifícios.
Quando nasce uma criança toda mulher passa por incertezas, medos, angústias e também dores. Tudo isso é esquecido, no momento em que se ouve o choro da vida no momento do nascimento do bebê.
A Glória de Deus supera tudo e nos faz olhar tudo com outros olhos. Esse Oratório que é consagrado a Nossa Senhora é o melhor lugar para olharmos para essa mãe e perceber a glória de Deus.
A leitura do Evangelho vem apenas fortificar, com as palavras do próprio Senhor, exatamente isso, que Deus não mandou seu Filho para morrer e não mandou seu Filho para condenar o mundo, mas sim para salvar.
Transcrição Marta Romero
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