Indo para Jerusalém, Jesus atravessava a Samaria e a Galileia. Quando ia entrar num povoado, vieram-lhe ao encontro dez leprosos. Pararam ao longe e gritaram: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós”. Ao vê-los, Jesus lhes disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. E aconteceu que, no caminho, ficaram limpos. Um deles, vendo-se curado, voltou glorificando a Deus em voz alta. Caiu aos pés de Jesus e, com o rosto em terra, agradeceu-lhe. E este era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: “Não eram dez os que ficaram limpos? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?” E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
Mais uma vez nos reunimos para a meditação da Palavra que é Vida, a Palavra de Deus. E por falar em vida, o evangelho de hoje nos lembra de alguns irmãos doentes que levam uma vida sofrida e extremamente difícil.
Realmente, basta aparecer uma doença para nos deixarmos abater pelo desânimo. Quando se está doente, a vida parece mais difícil e sem graça. Imagine então estar doente e ainda por cima ser colocado à margem da sociedade. Proibido de se aproximar das pessoas, até mesmo de seus próprios parentes, sem ter alguém para cuidar de suas feridas e amenizar a sua dor.
Essa era a situação dos leprosos na época de Jesus. A lepra era considerada uma doença incurável e contagiosa, por isso, os doentes eram isolados e mantidos em locais distantes das cidades. Quando alguém passava por perto, os doentes tinham que avisar que estavam contaminados pela lepra.
Os transeuntes mudavam de caminho, ninguém se aproximava dos leprosos. Só tinham como companhia, outros doentes. Viviam em grupos para amenizar a sensação de abandono e tornar menos dura suas vidas. Proibidos de se aproximarem dos locais habitados e sem esperança de cura, somente esperavam pela morte.
Quando tudo parecia perdido. Quando aparentava que aquele dia seria igual aos anteriores, Jesus apareceu na vida daqueles leprosos, e tudo mudou.
Este evangelho tem uma sequência de acontecimentos que serve para comprovar o que vimos no evangelho do último domingo (Lc 17, 5-10). A fé é capaz de coisas incríveis, capaz de mover árvores e montanhas, capaz de curar o físico e a alma. Quem acredita verdadeiramente, tudo consegue.
Lucas diz que Jesus estava se preparando para entrar no povoado, quando os dez leprosos vieram ao seu encontro gritando e pedindo compaixão. Disso podemos concluir que esses homens conheciam Jesus e sabiam dos seus poderes. Acreditavam que Jesus era capaz de curá-los.
A fama de Jesus já havia chegado até eles. Se não soubessem quem era Jesus, jamais pediriam ajuda à Ele. Por isso, nunca é demais lembrar que estamos no mês missionário e que todo cristão é chamado à missão evangelizadora. É preciso que todos conheçam a Boa Nova. Como poderá alguém pedir ajuda a Jesus sem conhecê-lo?
Precisamos sair a campo e gritar sobre os telhados. É missão de todos nós apresentarmos Jesus ao mundo, pois quem não conhece Jesus como verdadeiro Deus, quem não sabe dos seus poderes, nunca irá se aproximar para pedir ajuda para sua cura física e espiritual. Nunca conhecerá o Amor.
Parece que com este Evangelho, Lucas pretende relembrar-nos que Jesus também conhece a cada um de nós e sabe das nossas necessidades. Tanto isso é verdade que ao ouvir os apelos daqueles “desconhecidos”, Jesus não fez nenhuma pergunta, simplesmente teve compaixão e mandou que se apresentassem aos sacerdotes.
Lucas faz questão também de ressaltar o desapontamento de Jesus, pois só o samaritano voltou para agradecer o benefício alcançado. Rezamos e pedimos com frequência, mas agradecer... nem sempre. Quem quiser purificar-se e libertar-se das feridas, deve lembrar que gratidão é uma virtude que deveria ser usada com mais frequência.
Por que então não imitarmos o samaritano? Jamais deveríamos nos esquecer que dentre os dez somente um soube ser grato e por isso, foi o único que teve a graça de ouvir estas palavras: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
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