Nossa Senhora

Caminho é Jesus| Medalha milagrosa

Um símbolo muito significativo para a Milícia da Imaculada é a chamada “Medalha milagrosa” que teve sua origem em Paris, França, no dia 27 de novembro de 1830.

Escrito por Paulo Teixeira

28 JAN 2019 - 13H02 (Atualizada em 26 AGO 2021 - 14H46)

Por Padre José Alem, missionário claretiano 

Todos nós, ao sermos batizados, nos revestimos da presença do Espírito Santo para vivermos a fé seguindo Cristo como filhos do Pai. Isso é tão maravilhoso que não há palavras que expliquem suficientemente. Essa graça também implica numa missão: sermos testemunhas, isto é, pessoas que vivem e revelam com atitudes, comportamentos, pensamentos e palavras, a sua fé. Isso é a essência da evangelização. 

Evangelizar é viver e anunciar o Evangelho. A gente anuncia pelo nosso modo de vida, antes e além das palavras. Assim como nos comunicamos com as atitudes, condutas, pensamentos, gestos, comportamentos, assim também evangelizamos. Comunicamos o que somos. Evangelizamos como somos.

Uma linguagem de comunicação são também os símbolos. Tanto no contexto religioso, político, cultural, científico, comercial, entre outros, existem símbolos através dos quais expressamos pensamentos, ideias, sentimentos, crenças.

A Igreja é rica de símbolos. A liturgia usa a linguagem de símbolos, assim como as pastorais, os movimentos eclesiais, as devoções. Um dos símbolos mais significativos são os “objetos religiosos” como crucifixos, medalhas, imagens, entre outros.

Um símbolo muito significativo para a Milícia da Imaculada é a chamada “Medalha milagrosa” que teve sua origem em Paris, França, no dia 27 de novembro de 1830. A noviça Catherine Labouré, da congregação de S. Vicente de Paulo, estava em oração na capela quando a Virgem Maria apareceu e fez revelação sobre a medalha milagrosa também chamada de Medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças.

Catherine assim testemunha: “...uma Senhora de mediana estatura, de rosto muito belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas. A Santíssima Virgem disse-me: ‘Eis o símbolo das Graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...’ Formou-se então, em volta de Nossa Senhora, um quadro oval, em que se liam, em letras de ouro, estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós’. Depois disso o quadro que eu via virou-se, e eu vi no seu reverso: a letra M, tendo uma cruz na parte de cima, com um traço na base. Por baixo: o Sagrado Coração de Jesus e o Sagrado Coração de Maria. O de Jesus, cercado por uma coroa de espinhos em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo, ouvi distintamente a voz da Senhora, a dizer-me: ‘Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram, com devoção, hão de receber muitas graças”.Nossa Senhora pediu que se invocasse a Ela assim: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós”.

“Concebida sem pecado”, significa Imaculada, pura, sem pecado. Essa verdade de fé sempre foi dogma da Igreja desde o início, porém, 24 anos depois dessa aparição, em 1854 o papa Pio IX proclamou a toda Igreja e à humanidade, de maneira oficial, formal e definitiva que “Maria, pelos merecimentos da paixão e ressurreição de Cristo e por ação especial de Deus, a Mãe de Jesus foi livre do pecado original desde o começo de sua vida, ou seja, desde o momento em que foi concebida. Nossa Senhora mesmo confirma isso quatro anos depois, ao aparecer em Lourdes, para Bernadete Soubirous.E m Lourdes, Nossa Senhora disse a Bernadete: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Diante dessas revelações extraordinárias, mais tarde, o papa Pio XII afirmou: “Esta piedosa medalha foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções, e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo chamou-a, desde logo, Medalha Milagrosa”.

A medalha indicada por Nossa Senhora a Catherine é rica de significados. Na parte frontal há uma representação de nossa Senhora com a jaculatória: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Essa invocação revela e confirma o dogma de Maria imaculada e recorre a sua intercessão. Na parte de trás da medalha, há a letra M (de Maria) sobre a cruz indicado a missão de Maria junto a Jesus, como a co-redentora. Os dois corações – de Jesus e de Maria – simbolizam o amor de Deus revelado através desses corações a toda humanidade e a cada pessoa. Os espinhos e a espada são símbolos da paixão e morte de Cristo na cruz e a paixão de Maria junto a cruz onde uma “espada de dor transpassou seu coração” como havia Simeão havia predito a Maria na apresentação do menino Jesus no templo.

O uso da medalha milagrosa, se bem entendido e vivido, é uma expressão da misericórdia de Deus revelada por Maria para confirmar sempre mais seu amor infinito por nós que não mede esforços para nos salvar. A medalha é um sinal sensível da fé em Maria Imaculada e da certeza de encontrar no Coração de Jesus e de Maria as graças e a proteção contra todos os perigos espirituais.

Que todos nós, filhos amados de Maria, vejamos e utilizemos esse meio, a medalha, com carinho, devoção e compromisso de reconhecer Maria como a Imaculada Mãe de Deus e procurar a ela recorrer como São Paulo VI: “Ensina-nos o que já sabemos... a ser imaculados como Tu és...”.

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