Por Jorge Lorente Em Evangelho Dominical

16º Domingo do Tempo Comum

“Deixai que o trigo e o joio cresçam juntos, até a colheita!” (Mt 13, 24-43)



Para a multidão, Jesus contou esta parábola: “O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente em seu campo. Mas, enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou uma erva daninha, chamada joio, entre o trigo e foi embora. Quando o trigo germinou e fez a espiga, apareceu também o joio. Então os escravos do proprietário foram dizer-lhe: ‘Senhor, não semeaste semente boa em teu campo? Donde vem, pois, o joio?’ Ele respondeu: ‘Foi um inimigo que fez isso’. Os escravos lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancá-lo?’ Ele respondeu: ‘Não, para que não aconteça que, ao arrancar o joio, arranqueis também o trigo. Deixai que os dois cresçam juntos até à colheita. No tempo da colheita direi aos que cortam o trigo: colhei primeiro o joio e atai-o em feixes para queimar; depois, recolhei o trigo no meu celeiro”. (Contou também a parábola do grão de mostarda e do fermento que a mulher misturou na farinha) Os discípulos se aproximaram dele e pediram: “Explica-nos a parábola do joio no campo”. Ele respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno. O inimigo, que o semeia, é o diabo. A colheita é o fim do mundo. Os que fazem a colheita são os anjos. Como se recolhe o joio para ser queimado ao fogo, assim acontecerá no fim do mundo. O Filho do homem enviará os seus anjos e eles recolherão do Reino todos os escândalos e todos os promotores da iniquidade, e os jogarão na fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no reino do Pai. Quem tiver ouvidos, que ouça.

COMENTÁRIO

Novamente nos encontramos para juntos meditarmos a Palavra da Salvação. Este evangelho contém mais algumas das parábolas que Jesus utilizava para se fazer entender pela multidão que o seguia. São pequenas histórias, tiradas do dia-a-dia. Exemplos simples que facilitam o entendimento do povo.

No texto de hoje temos três parábolas: a do joio, a do grão de mostarda e a do fermento. Através dessas pequenas histórias, simples e ligadas à vida do povo, Jesus nos fala da bondade e da paciência do Pai para com os seus filhos.

Mais uma vez Jesus ressalta a Misericórdia de Deus. Faz questão de mostrar-nos como é tolerante e misericordioso nosso Pai. Até o último instante esse Pai Amoroso estará esperando pela conversão de todos os seus filhos. Um Pai que confia e quer a todos nós, ao seu lado, na Glória Celeste.

A primeira parábola, a do joio, fala claramente da presença do mal no meio do bem. Mostra que os maus estão sempre presentes entre os bons, exatamente como o joio no meio do trigo. O mal está sempre presente na comunidade, no trabalho e até mesmo no lar.

Mesmo assim, Deus é paciente e aconselha-nos a esperar a hora certa. “Deixem que cresçam juntos até a colheita, pois pode acontecer que arrancando o joio, vocês arranquem também o trigo”. Estas palavras sugerem cautela, cuidado e respeito até mesmo para com aqueles que chamamos de maus.

Tudo tem a sua hora. Chegará o dia da colheita quando então, os maus serão ceifados e lançados ao fogo. Porém Deus é Pai e não quer perder nenhum dos seus filhos. Espera pacientemente que todo pecador se converta e viva.

Ai de nós se Deus não tivesse paciência conosco! Ai de nós se formos julgados do mesmo modo com o qual julgamos. É difícil ter que admitir, mas somos intolerantes e queremos que aqueles, a quem chamamos de “maus”, se convertam imediatamente. Julgamos e condenamos com muita facilidade.

Queremos tanto a conversão do próximo que, na maioria das vezes, nos esquecemos da nossa própria conversão. Felizmente Deus não é assim. Sabe esperar e, através de parábolas, nos ensina ter paciência e misericórdia. Ensina não julgar por julgar. Jesus nos fala também do fermento que transforma a massa e a converte em pão.

Com a parábola do grão de mostarda, Jesus nos mostra que as coisas de Deus começam pequenas como um grãozinho e depois crescem, se agigantam, se transformam e assumem proporções incríveis.

Esses exemplos servem para você que vem acompanhando o projeto de evangelização da Milícia da Imaculada. Veja quantas maravilhas estão acontecendo: nossa sede própria, nosso Santuário, as diversas filiais, a Rede Milícia Sat, a TV, a Revista, a Internet e milhares de ouvintes que caminham conosco.

Tudo isso acontece graças à sua colaboração. Graças às suas orações e ao seu empenho, aquilo que era um grãozinho, uma pequena sementinha, cresceu e hoje leva a Palavra de Deus para mais de vinte milhões de pessoas. Essa é a Boa Notícia de hoje!

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Por Jorge Lorente, em Evangelho Dominical

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