Por Espiritualidade Em Perfume de Francisco

Rezar a Maria

Encontramos, no Devocionário Franciscano, uma preciosa leitura de Santo Elredo sobre Maria, nossa Mãe. Meditemos juntos, abrindo nosso coração ao itinerário de nossa família mariana, cujas raízes são franciscanas.


Arte Borogodó
Arte Borogodó
São Francisco de Assis, rogai por nós!


Leitura Dos Sermões de Santo Elredo, abade.
(Sermo 20, In Nativitate beatae Nariae: PL 195,322-324) Maria, Nossa Mãe (Séc. XII)

Aproximemo-nos da esposa do Senhor, aproximemo-nos de sua Mãe, aproximemo-nos de sua ótima serva. Tudo isto é Maria! Mas que faremos? Que presentes lhe oferecemos? E se pudéssemos, ao menos, dar-lhe de volta o que por justiça lhe devemos! Nós lhe devemos honra, nós lhe devemos serviço, nós lhe devemos amor, nós lhe devemos louvor. Honra, porque é a Mãe de nosso Senhor. Quem não honra a mãe, sem dúvida alguma, despreza o filho. E a Escritura diz: Honra teu pai e tua mãe. (Dt 5,16).

Então, irmãos que diremos? Não é ela nossa mãe? Sim, ela é verdadeiramente nossa mãe. Por ela nascemos, não para o mundo mas para Deus.

Como credes e sabeis, estávamos todos mergulhados na morte, na velhice, nas trevas, na miséria. Na morte, porque perdêramos o Senhor; na velhice, porque desprezávamos a luz da sabedoria. Deste modo, a morte nos surpreendeu de cheio.

Todavia, como Cristo nasceu de Maria, a vida que por ela nos vem supera de muito a que nos veio por Eva. Em lugar da velhice, recuperamos a juventude; em vez da corrupção, a incorruptibilidade; a luz, em lugar das trevas. Ela e nossa mãe, mãe da nossa vida, mãe da nossa incorruptibilidade, mãe da nossa luz. O Apóstolo diz, a respeito de nosso Senhor: ele se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação (1Cor 1,30).

Sendo mãe de Cristo, ela é, portanto, mãe de nossa sabedoria, de nossa justiça, de nossa santificação, de nossa libertação. Assim é mais nossa mãe do que a mãe do nosso corpo. Dela provindo, é nobre o nosso nascimento; porque vem dela nossa santificação, nossa sabedoria, nossa justiça, santificação e libertação.

Diz a escritura: Louvai o Senhor em seus santos (SI 150,1). Se nosso Senhor deve ser louvado nos santos, por meio dos quais realiza prodígios e milagres, quanto mais não deve ser louvado em Maria, na qual se fez homem, aquele que é admirável acima de todas as maravilhas!

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