Primeiramente, é importante contextualizar em que cenário nossa linha de pensamento acontece. Falamos sobre Frei Maximiliano Kolbe. Polonês, nascido em berço devoto à Virgem de Chestokowa, venerada como Rainha da Polônia.
Ainda criança, recebeu uma revelação mística, a qual falava sobre seu caminho de santidade: morreria mártir. A mística kolbeana, antes de ser escolha, é chamado. Frei Kolbe acolhe a este chamado com confiança, e parte para o seminário em outubro de 1907, onde irá se preparar para o sacerdócio. Diante dos ataques que a Igreja Católica sofria na época, fundou a Milícia da Imaculada em 1917, para combater o mal pelo bem, conduzida pela Imaculada. Desenvolveu amplo apostolado pelos meios de comunicação na Polônia; foi missionário no Japão; e sua espiritualidade de entrega total a Deus o levou a morrer no lugar de um pai de família durante a Segunda Guerra.
O pensamento de Kolbe se enraíza na Trindade e, a partir dela, encontra seu eixo na Imaculada. Em síntese, o santo deseja chegar à plenitude da graça e levar a todos ao conhecimento desta graça, e a via segura para isto é aquela que não somente está próxima da graça santificante, mas também está em sua dinâmica como Filha, Esposa e Mãe: a Imaculada. “Maximiliano é um místico: ele sente mais do que explica e, não encontrando os termos para expressar o mistério, procura analogias”, conforme explica Padre Luigi Faccenda (OFMConv) fundador do Instituto Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe.
Este místico expressa reflexões excepcionais sobre o relacionamento entre Maria e o Pai, e Maria e o Filho. Assim, nasce de uma maneira muito particular o relacionamento entre Maria e o Espírito Santo. Ele dá um destaque especial ao título de “Esposa do Espírito Santo”, pois encontra neste mistério uma íntima relação com toda a criação. Vê-se plenificado em suas raízes franciscanas, que o ensinaram a encontrar Deus em tudo e a enxergar em cada ser vivo um reflexo de quem o criou.
Ele percebe que existem traços da própria Trindade na criação e que, na Imaculada, a Trindade encontra sua máxima expressão: “O vértice do amor da criação que retorna a Deus, o ser sem mancha de pecado, toda bela, toda de Deus. Nem ao menos por um instante a sua vontade se distanciou da vontade de Deus. Ela pertenceu sempre e livremente a Deus. E nela acontece o milagre da união de Deus com a criação” (Escritos de São Maximiliano Kolbe 1310).
Encontramos a perfeita continuidade com toda a história da Ordem Franciscana. O fio de ouro da causa da Imaculada Conceição evoluiu além da proclamação do Dogma, fortemente marcado pela atuação de Duns Scotus. Aqui não há dissociação entre pensar e trabalhar.
Kolbe identificou claramente o objetivo a ser alcançado e apresentou os meios para persegui-lo com igual lucidez! “Eles lutaram para conhecer a verdade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria. A luta terminou vitoriosa. Esta verdade foi reconhecida em toda parte e proclamou um dogma de fé. E agora? (...) E talvez tenha terminado tudo? (...) Agora, a segunda página da nossa história se abre: ou seja, semeando essa verdade no coração de todos os homens que vivem” (Escritos de São Maximiliano Kolbe 1688).
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