O programa ‘A Igreja no Rádio’ vai ao ar diariamente na Rádio Imaculada e traz mensagens edificantes a cada manhã. Acompanhe, neste dia 25 de janeiro, Pe. Attílio Hartmann, jesuíta, jornalista, Diretor da Livraria e Editora Padre Reus e do Jornal Solidário, em Porto Alegre (RS).
“Um abraço amigo pra você... um carinhoso abraço pra todos vocês, gente amiga e querida. Inicialmente, quero saudar a todos os filhos e filhas da cidade de São Paulo em seu aniversário de fundação. Aliás, o que muita gente não sabe é que foi um colega meu, de congregação, quem fundou esta cidade: o jesuíta padre José de Anchieta.
A liturgia deste domingo nos convida a irmos até uma sinagoga na terra natal de Jesus, Nazaré, e ouvi-lo citar o profeta Isaías, cujo texto era conhecido e acatado pelo povo judeu: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, ele me consagrou e ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres, libertar os cativos, devolver a vista aos cegos e libertar os oprimidos (cf Is 42,1-4). Boa-Nova aos pobres, libertar os presos e oprimidos, curar os cegos. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele (4,20). ’
Maravilhados - uns poucos, descrentes - muitos, céticos e críticos - a maioria. Ao ouvir que a profecia de Isaías estava se cumprindo nele, o “filho de Maria e de José”, conterrâneo da sua cidade, visível e tangível como qualquer pessoa, a decepção tomou conta da maioria dos presentes.
O Messias do seu projeto de libertação deveria ser alguém poderoso, de sangue nobre, um líder guerreiro que, pelo simples falar, faria os inimigos de Israel tremer e fugir! E agora, diante deles, um homem frágil, simples, pobre, desarmado, sem poder econômico, social ou religioso, que se apresenta como Ungido do Senhor. Era demais!
Depois de dois mil anos desta cena descrita por Lucas, lembrando o texto de Isaías, os que hoje tem “os olhos fixos” em Jesus e, pela fé somente nele e não em assemelhados a Jesus, são capazes de apostar sua vida para que seu projeto de salvação se realize. Todo discípulo que assume o que ele assumiu com amor de predileção - empobrecidos, oprimidos, marginalizados, “sobrantes” – é uma presença do mesmo Jesus que maravilhou seus conterrâneos.
Gente amiga, vamos combinar: somente espíritos mesquinhos criticam a Igreja deste nosso tempo quando ela, especialmente através de gestos e palavras do Papa Francisco, faz uma clara opção pelos empobrecidos e marginalizados de nosso tempo.
Movida pelo mesmo Espírito Santo, olhos fixos somente em Jesus, a Igreja continua sua missão libertadora, assumindo como seu o projeto de seu Mestre e Senhor, Jesus de Nazaré. Isso sim, eu assino e assumo.”
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