O Frei Pacífico, OFM Conv. em sua Celebração da Palavra hoje no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Gn 9,1-13) e o Evangelho (Mc 8,27-33).
Em sua reflexão, Frei Pacífico destaca que a liturgia de hoje nos convida a meditar sobre a aliança que Deus fez com Seu povo. Essa contrato, mesmo que nós quebremos, diversas vezes, Deus é firme e nunca nos abandona.
A Primeira Leitura nos lembra a aliança que Deus fez com Noé e o salmo responsorial recorda que essa aliança nos coloca diretamente em intimidade com o Senhor.
A oração do justo jamais deixa de chegar aos ouvidos de Deus. Ele sempre escuta nossas orações, nossas súplicas e nossas preces. A grande beleza disso, nós vemos nessa nova e eterna aliança em Jesus, que vai nos mostrar o que acontecerá com Ele.
Não mais com o sinal da nuvem como foi com Noé, ou a partir de sacrifícios com animais oferecidos, como foi com Moisés. Essa nova e eterna aliança será firmada pelo próprio sangue de Jesus.
Hoje o Evangelho se torna curioso, porque em um primeiro momento Jesus acolhe a percepção de Pedro, que Ele é o Messias. Depois Jesus vai repreender os discípulos porque ainda não era o momento de falar sobre isso a todos.
Em um segundo momento Jesus repreende Pedro e o chama de Satanás, o mesmo Pedro, que Ele escolheu para iniciar a sua Igreja. Satanás o acusador ou aquele que vive a partir do plano dos homens, da humanidade e não a partir do plano de Deus. A pergunta que deve ficar em nosso coração é: na condução da nossa vida, quais os planos que seguimos, os planos de Deus, que Ele coloca no nosso coração; ou os nossos próprios desejos, vontades e intuições?
Essa pergunta devem ser motivo da nossa reflexão de hoje. Nós que estamos acompanhando de alguma forma essa celebração, e já fizemos a nossa experiência de reconhecer Jesus como messias, salvador e filho bendito da Virgem Maria, no entanto, ao longo da vida, podemos nos desgastar, nos esfriar e por consequência, passamos a viver segundo os nossos próprios planos, vontades e deixamos o projeto de Deus de lado.
Vamos reavivar esta aliança com Deus, que nunca deixa de cumprir a Sua a parte. Cabe a nós escolhermos viver segundo ao projeto de Deus, porque essa é a única certeza que temos: Deus nunca nos abandona!
Vamos trazer de volta ao nosso coração o que é essencial. Seguir os caminhos que Jesus no indica, a exemplo da Virgem Maria, que foi sempre dócil a vontade de Deus, mesmo que os desejos de Deus compliquem a vida, Ele tem um motivo e um fim ao permitir que algumas coisas aconteçam e até nos atrapalham.
Os planos de Deus na nossa vida são infinitamente maiores que os nossos planos.
Transcrição Marta Romero
“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
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