Por Frei Aloísio Oliveira Em Formação

“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”



amora

Neste domingo (09), sexto da Páscoa, Frei Aloísio Oliveira reflete o Evangelho de São João (15,9-17). Ele destaca que o trecho é uma explicação da alegoria da videira com seus ramos (Jo 15,1-8).

A comunidade cristã existe pela sua comunhão com Jesus Cristo sem a qual não poderia subsistir, mas pereceria como um ramo separado do tronco. Uma vez que houve esta inserção em Cristo, o cristão tem um só problema: permanecer em Seu amor (Jo 15,9).

Disto dependerão sua vida e fecundidade que se manifestam no amor mútuo cujo paradigma é o amor de Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).

O amor de Jesus tornou-se modelo e critério de medida porque foi levado à perfeição, ao passar pela prova da cruz: “Ninguém tem maior amor do quem dá sua vida pelos que ama” (Jo 15,13), por isso é condição para produzir frutos e critério para definir o discipulado: “Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos” (Jo 13,34c-35a).

Portanto, o fruto que o Pai espera e que realiza Sua glória (cf. Jo 15,8) é o amor manifestado reciprocamente na comunidade eclesial e que encontra em Jesus sua medida: “amai-vos como eu vos amei” (Jo 15,12).

Esse amor de Jesus pelos discípulos é o mesmo Amor do Pai: “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei” (Jo 15,9). Portanto, em Jesus, os discípulos são amados pelo Pai.

Disto resulta que o “amai-vos como eu vos amei” (Jo 15,12), antes de ser uma ordem exigindo uma resposta é o que nos constitui. Porque amado, o ser humano existe, e é amando que se afirma.

Todo o discurso de Jesus tem uma finalidade muito precisa: “disse-vos isto para que a minha alegria esteja em vós, e vossa alegria seja plena” (Jo 15,11). Trata-se da alegria de Cristo, não daquela que o ser humano ilude-se de encontrar em outros lugares.

Tal alegria é simultaneamente presente e futura, isto é, já está concedida como possibilidade real, mas se consolida e se encaminha para a plenitude em cada passo dado no seguimento de Jesus.

Escrito por:
Frei Aloísio, Ministro Provincial
Frei Aloísio Oliveira

É Ministro Provincial da Província São Francisco de Assis dos Frades Menores Conventuais e especialista em Sagrada Escritura.

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