Formação

Por que a Bíblia segue atual?

A Bíblia tem séculos de existência, já parou para pensar do porque ela seguir atual?

Vladimir Ribeiro

Escrito por Vladimir Ribeiro

25 SET 2022 - 00H00

Milícia da Imaculada

A atualidade da Bíblia Sagrada

No próximo dia 30, a Igreja celebra o Dia da Bíblia, livro que é o farol para todos os católicos. A obra escrita ao longo de aproximadamente 1,5 mil anos, entre 1500 -1400 a.C e 100 d.C, é uma coleção de tomos escritos por inspiração de Deus ao longo de vários séculos (2 Timóteo 3:16).

Ao longo dos anos, a Bíblia é objeto de vários estudos e traduções, mas continua atual. Para a professora do Instituto Teológico de Estudos Superiores São Paulo (ITESP), Maria Antônia Marques, é fácil entender essa atualidade dos escritos. “É nosso livro sagrado. Em nossas comunidades, nós cantamos: “a Bíblia é a Palavra de Deus”. Queremos entender essa Palavra”, salienta.

A professora destaca que a Dei Verbum, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina, promulgada em 1965, afirma que Deus inspira o ser humano a escrever. “Se trata de um livro especial porque contém a experiência de vários grupos, suas buscas de sobrevivência e caminhada com Deus. Nós nos reconhecemos nestas experiências e procuramos atualizá-las para o nosso cotidiano. Os textos que estão na Bíblia são sempre novos porque nós, a cada momento, agregamos novos elementos”, reforça.

As primeiras traduções

Maria Antonia explica que desde os anos 400 a.C. havia uma lista de livros referenciais para a comunidade, que são o Torah (os cinco primeiros livros da Bíblia), Profetas e Escritos. Por volta de 250 a.C., em Alexandria, começa a tradução do hebraico para o grego e os judeus do Egito anexaram outros livros escritos em grego.

A discussão em torno das listas dos livros sagrados começa após a queda do Templo de Jerusalém (70 d.C.) e dura até os anos 200 d.C. “Os judeus da Palestina aceitaram somente os livros escritos em hebraico e que tivessem sido escritos até o tempo de Esdras, século IV a.C”, pontua a professora.

Ela destaca ainda que os judeus de Alexandria incluíram outros textos, como acréscimos ao livro de Daniel (Salmo de Azarias e o canto dos três jovens, a história de Susana e Bel e o dragão); textos gregos em Ester, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), Judite, Primeiro e Segundo Macabeus, Tobias e Sabedoria.

“Em relação aos livros do Novo Testamento, a discussão do que viria a fazer parte da Bíblia, começa no século II d.C. A lista mais antiga que se tem notícia é em torno de 170 d.C, que basicamente é a mesma que ainda temos hoje”, afirma a professora.

Ela salienta ainda que é fundamental que todos os fiéis tenham amplo acesso às Escrituras “para iluminar as inteligências, robustecer as vontades e inflamar os corações dos homens no amor de Deus” (DV 23), finaliza.

Escrito por
Vladimir Ribeiro
Vladimir Ribeiro

Vladimir Ribeiro é graduado em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul e pós-graduado em Gestão de Mídias Digitais pela Universidade Metodista de São Paulo. Atua há 17 anos na área de comunicação e atualmente é jornalista na Rádio Imaculada.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Vladimir Ribeiro, em Formação

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.