No próximo dia 30, a Igreja celebra o Dia da Bíblia, livro que é o farol para todos os católicos. A obra escrita ao longo de aproximadamente 1,5 mil anos, entre 1500 -1400 a.C e 100 d.C, é uma coleção de tomos escritos por inspiração de Deus ao longo de vários séculos (2 Timóteo 3:16).
Ao longo dos anos, a Bíblia é objeto de vários estudos e traduções, mas continua atual. Para a professora do Instituto Teológico de Estudos Superiores São Paulo (ITESP), Maria Antônia Marques, é fácil entender essa atualidade dos escritos. “É nosso livro sagrado. Em nossas comunidades, nós cantamos: “a Bíblia é a Palavra de Deus”. Queremos entender essa Palavra”, salienta.
A professora destaca que a Dei Verbum, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina, promulgada em 1965, afirma que Deus inspira o ser humano a escrever. “Se trata de um livro especial porque contém a experiência de vários grupos, suas buscas de sobrevivência e caminhada com Deus. Nós nos reconhecemos nestas experiências e procuramos atualizá-las para o nosso cotidiano. Os textos que estão na Bíblia são sempre novos porque nós, a cada momento, agregamos novos elementos”, reforça.
Maria Antonia explica que desde os anos 400 a.C. havia uma lista de livros referenciais para a comunidade, que são o Torah (os cinco primeiros livros da Bíblia), Profetas e Escritos. Por volta de 250 a.C., em Alexandria, começa a tradução do hebraico para o grego e os judeus do Egito anexaram outros livros escritos em grego.
A discussão em torno das listas dos livros sagrados começa após a queda do Templo de Jerusalém (70 d.C.) e dura até os anos 200 d.C. “Os judeus da Palestina aceitaram somente os livros escritos em hebraico e que tivessem sido escritos até o tempo de Esdras, século IV a.C”, pontua a professora.
Ela destaca ainda que os judeus de Alexandria incluíram outros textos, como acréscimos ao livro de Daniel (Salmo de Azarias e o canto dos três jovens, a história de Susana e Bel e o dragão); textos gregos em Ester, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), Judite, Primeiro e Segundo Macabeus, Tobias e Sabedoria.
“Em relação aos livros do Novo Testamento, a discussão do que viria a fazer parte da Bíblia, começa no século II d.C. A lista mais antiga que se tem notícia é em torno de 170 d.C, que basicamente é a mesma que ainda temos hoje”, afirma a professora.
Ela salienta ainda que é fundamental que todos os fiéis tenham amplo acesso às Escrituras “para iluminar as inteligências, robustecer as vontades e inflamar os corações dos homens no amor de Deus” (DV 23), finaliza.
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“Eram como ovelhas que não têm pastor”
O comentário teológico desta atividade messiânica é realizado por uma frase bíblica: “eram como ovelhas sem pastor”. Moisés diante de sua morte pede a Deus que estabeleça como chefe da comunidade “um homem que os preceda no entrar e no sair... para que a comunidade do Senhor não seja um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Como Josué tomará o lugar de Moisés, assim, os discípulos continuarão a missão de Jesus, o pastor messiânico que guia e protege a comunidade cansada e abatida. A motivação profunda do compromisso messiânico-salvífico de Jesus, que deve prolongar-se na missão dos discípulos, está na compaixão, naquele amor gratuito e ativo que o impulsiona a intervir para aliviar as misérias do povo, (Mt 14,14; 15,32; 20,34).
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