Por Diego Lima Em Nossa Senhora

Devoção da Medalha Milagrosa: entrega e confiança

Neste mês de novembro, lembramos de uma devoção muito especial e amplamente divulgada por São Maximiliano e pela Milícia da Imaculada: a Medalha Milagrosa




Para entendermos melhor, vamos à França. Mais precisamente em 27 de novembro de 1830, quando Santa Catarina Labouré entrou na capela da congregação para orar. Neste dia, a noviça da Caridade de São Vicente de Paulo presenciou a manifestação da Virgem Maria.

Na aparição, Nossa Senhora revelou a Catarina, a imagem de uma medalha. Segundo Catarina, Nossa Senhora pediu que cunhassem medalhas a partir daquele modelo e disse que as pessoas que a levassem, com devoção, iriam receber muitas graças. Poucos anos depois deste fato, a medalha ganhou notoriedade em todo mundo, com a eclosão de uma grande epidemia de cólera que fez cerca de 20 mil vítimas. Então, as Filhas da Caridade começaram a distribuir milhares destas medalhas.

Não demorou muito para que as curas se multiplicassem, bem como as conversões e outros milagres. Por esta razão, a medalha de Nossa Senhora das Graças foi batizada de “Medalha Milagrosa”. São Maximiliano Kolbe, fundador da Milícia da Imaculada, escolheu a Medalha Milagrosa como distintivo e símbolo da Consagração a Nossa Senhora, pelo seu poder de conversão. “Ele ficou muito impressionado com a aparição que aconteceu a Afonso Ratisbone em 1840”, conta o guardião do carisma de São Maximiliano, Frei Sebastião Benito Quaglio. “Ele era um judeu e estava acompanhando um amigo na igreja Sant’Andrea Della Fratte, quando Nossa Senhora da Medalha Milagrosa apareceu para ele. Caindo de joelhos, se converteu e acabou fundando até a Congregação de Sião”, continua.

Frei Sebastião ainda conta que Maximiliano Kolbe conheceu a história deste homem e assumiu a Medalha Milagrosa como a bandeira da Milícia da Imaculada. “Dizia que as medalhas eram balas, munição de defesa. Inclusive a sua primeira missa, ele quis celebrar nesta igreja em Roma onde Afonso Ratisbone viu Nossa Senhora da Medalha Milagrosa”, conclui.

Nós, jovens consagrados a Nossa Senhora pelo método de São Maximiliano, recebemos e carregamos com muito amor e confiança esta medalha. E este convite estendemos a você. Viva esta devoção e confiemos a Imaculada toda nossa vida. Até à próxima!

Conhecendo a Medalha

Nossa Senhora indicou que na frente da medalha estivesse sua representação como mostrou a Santa Catarina: de braços abertos derramando graças sobre todos os que invocam a Deus com confiança.

Ao redor, a jaculatória “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

No verso da medalha um M de Maria que sustenta a cruz, que representa o Calvário.

Ao redor, doze estrelas recordando os doze apóstolos e as doze tribos de Israel do Antigo Testamento que representam todo o povo de Deus.

Também na medalha, o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria. O de Jesus, cercado por uma coroa de espinhos em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, recordando o amor de Jesus por todos e as dores de Maria.

Escritos de São Maximiliano

Na revista O Cavaleiro da Imaculada, em 1922, São Maximiliano abordava a importância dos consagrados a Imaculada terem a Medalha Milagrosa como um sinal de adoração a mãe de Deus.

A assim chamada “Medalha Milagrosa” é conhecida universalmente. Sua origem remonta ao ano de 1830, e a alma afortunada à qual a Santíssima Virgem Maria Imaculada a manifestou é Catarina Labouré, naquela época, noviça das Irmãs da Misericórdia, na rua “du Bac” em Paris... As visões se repetiram por três vezes e em cada vez Irmã Catarina contou tudo ao seu diretor espiritual, Padre Aladel. Este, porém, temendo que se tratava de uma ilusão, demorava a mandar cunhar a medalha, antes, proibiu à religiosa até de pensar nisso.

No fim decidiu apresentar toda a história ao arcebispo Dom De Quèlen e quando este se mostrou favorável, a medalha foi cunhada: era o ano de 1832. Logo começaram a acontecer milagres de conversão estrepitosos, e pediam a medalhinha com tanto entusiasmo que nos primeiros 10 anos foram cunhados 80 milhões de exemplares.

Não é justo, portanto, que também nós, consagrando-nos à Imaculada sem reservas, ornemos o nosso peito com a Medalha Milagrosa? Esta medalha, portanto, é o sinal externo da consagração à Imaculada: é a segunda condição.

Escrito de São Maximiliano Kolbe 1011

Escrito por
Diego Lima
Diego Lima

Jornalista e consagrado a Nossa Senhora pelo método de São Maximiliano Kolbe, Diego escreve para a revista Jovem Mílite.

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