Por Frei Sebastião Benito Quaglio Em Nossa Senhora Atualizada em 13 SET 2021 - 17H12

Imaculada Conceição de Maria




A Imaculada Conceição não encontra o seu lugar originário na teologia, já que a sua intuição ou posse vital é devida ao povo cristão. A teologia, porém, desempenhou papel importante no esclarecimento da verdade mariana, tendo mediante a formulação clara da fé popular, quanto pela harmonização desta com o conjunto dos dados revelados e ainda desfazendo os nós de ordem teológica e cultural, como também a fundamentando em argumentos plausíveis.

O primeiro a afirmar sem equívoco que Maria foi isenta do pecado original é Pascasio Radberto (865), mas o primeiro teólogo da Imaculada é Eadmero (1134). Ele acha que é conveniente à Mãe de Cristo essa condição e afirma que Deus “podia, queria e a fez” Imaculada. Este conceito foi elaborado de forma completa pelo franciscano João Duns Scoto (1308). Ela foi sim preservada do pecado pelos méritos de Cristo, afirmou Duns Scoto. Essa precisão teológica é decisiva no desenvolvimento da doutrina a respeito da Imaculada Conceição, e pouco a pouco, se difundiu entre os teólogos.

Fundamentos bíblicos

Do Antigo Testamento se relembra Gênesis 3,15: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela”. Nesse trecho os Padres da Igreja e os escritores eclesiásticos viram prefigurados tanto Cristo quanto a Virgem, Sua mãe, bem como a hostilidade contra o demônio.

No Novo Testamento lemos em Lucas 1,28: “Cheia de graça” e Lucas 1,42: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre!”. Os Padres da Igreja, comentando esses dois trechos, manifestam uma clara convicção: “A gloriosíssima Virgem resplandeceu com tal abundância de dons celestiais, com tal plenitude de graça e com tal inocência, que se tornou como que o milagre de Deus por excelência”.

A Igreja, guiada pelo Espírito Santo, sondou a riqueza de tais palavras, até amadurecer a sua fé na Imaculada Conceição de Maria. Esta é a razão pela qual a bula com a qual é declarado o dogma em 1854 conclui que tal doutrina “sempre existiu na Igreja, como foi recebida pela tradição, e revestiu-se do caráter de doutrina revelada”, por isso é dogma, verdade de fé revelada. Assim todos católicos crêem e professam que Maria, mãe de Jesus e senhora nossa é a Imaculada.


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