Continuamos a refletir sobre a busca da felicidade e como pode ser encontrada. Padre Kolbe nos apresenta uma ‘criatura’, o exemplo de felicidade plena em Deus, que pode ser o modelo de todo homem.
“... E Deus desce sobre a terra, se faz homem: o próprio Homem-Deus, Jesus Cristo, oferece o exemplo da própria vida e ensina a Palavra.
As almas que amavam Deus se lançaram em massa para reproduzir em si mesmas este modelo fundamental, para tornar-se semelhante a Ele, para unir-se a Ele, para transformar-se nEle.
Para atrair as almas e transformá-las nEle através do amor, Cristo manifestou o próprio amor ilimitado, o próprio Coração inflamado de amor pelas almas, um amor que o impulsionou a subir na cruz, a permanecer conosco na Eucaristia, a entrar nas nossas almas e a deixar-nos em testamento, a própria Mãe como nossa mãe.
Quanto mais uma alma o imita, tanto mais se torna semelhante a Ele, e quanto mais se torna semelhante a Ele, mais se torna santa, se diviniza”. (SK 1296)
- A seguir, padre Kolbe reflete sobre a vinda de Jesus e apresenta, de forma admirável, a importância de Nossa Senhora na vida dele e também na nossa vida. Esta reflexão é para nós um convite a tentar reproduzir a vida de Jesus em nós, da melhor maneira possível.
“Ao se cumprir o tempo da vinda de Cristo, Deus uno e trino cria exclusivamente para si a Virgem Imaculada, a cheia de graça e habita nela (“O Senhor é contigo” Lc 1,28). E esta Virgem Santíssima com a própria humildade fascina de tal modo o Seu Coração que Deus Pai Lhe dá por filho o seu próprio Filho Unigênito, Deus Filho desce no Seu ventre virginal, enquanto que Deus Espírito Santo plasma nela o corpo santíssimo do Homem-Deus. E o Verbo se fez carne (Jo 1,14) como fruto do amor de Deus e da Imaculada.
Assim Ele torna-se primogênito, o Homem-Deus, e as almas não renascem em Cristo de outro modo, mas somente por meio do amor de Deus pela Imaculada e na Imaculada. E nenhuma palavra se torna carne, nenhuma perfeição ou virtude se encarna, se realiza em ninguém, senão através do amor que Deus tem pela Imaculada. Como Cristo, fonte das graças, tornou-se propriedade dEla, assim pertence a Ela a distribuição das graças. Toda graça é fruto da vida da Santíssima Trindade: o Pai gera por toda eternidade o Filho, enquanto que o Espírito Santo procede de ambos. Por essa mesma via qualquer perfeição se difunde no mundo em todas as ordens. Toda graça procede do Pai o qual gera eternamente o Filho, e por reverência ao Filho. O Espírito Santo, que desde a eternidade procede do Pai e do Filho, mediante esta graça forma as almas, na Imaculada e através da Imaculada, à semelhança do Primogênito, Homem-Deus”. (SK 1296)
Certa vez, quando padre Kolbe viajava de navio encontrou com um jovem padre salesiano e na conversa falou sobre a importância de propagar a devoção à Imaculada e, percebendo um certo desconforto no outro padre, refletiu:
“...me dei conta de que ele ainda não está preparado para este tema, é necessário agir com maior prudência e mais lentamente. Ó Imaculada!” (SK 901 P)
Desejo que o nosso coração esteja preparado para conter o amor à Imaculada e partilhá-lo através da evangelização.
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