Na agitação da vida atual, a Igreja mantém em vigor o Terceiro Mandamento da Lei de Deus: “Lembra-te de santificar o dia de sábado...” (Ex 20,8). Segundo o relato bíblico da Criação, Deus fez o mundo em “seis dias” e no sétimo descansou (Gn 2,2). Para o judeu piedoso, o sábado é um dia de repouso em honra de YHWH (“Adonai”, o Senhor). Por isso, não se deve trabalhar, nem viajar, nem ocupar-se com coisa alguma que distraia ou afaste do dever prioritário de concentrar a atenção unicamente em Deus.
Na Igreja Católica e na maioria das Igrejas protestantes, substituímos o sábado pelo domingo, Dia do Senhor, no qual comemoramos a Ressurreição de Jesus. Por isso, a Igreja nos manda “guardar” ou santificar os domingos e as festas de preceito.
Jesus guardava o sábado, mas olhava o sentido profundo do mandamento, o “espírito”, e não apenas a “letra”. Ele disse que “o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” (Mc 2,27).
Os fins de semana e dias santos são o tempo favorável (kairós) para amar a Deus, para pensar nele, para falar com Ele, para escutar Sua Palavra e lembrar do Seu amor. Por isso, nesses dias, devemos participar da Santa Missa e evitar aquelas atividades que desviam nossa atenção da lembrança do Senhor.
O Papa Francisco, na época em que era Arcebispo de Buenos Aires, queixava-se do excessivo peso que, às vezes, damos à culpa, à dor e ao sofrimento. “A nossa vocação é a plenitude e a felicidade”, dizia.
A única coisa que dá plenitude à vida humana é o amor. Mas o amor precisa de tempo para ser cultivado. Não podemos deixar de buscar e encontrar tempo para amar a Deus e aos irmãos.
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