Por MI Em Igreja Atualizada em 07 FEV 2019 - 16H31

Imigrantes: acolher, proteger, promover e integrar

Em Boa Vista, Pe. Jaime Patias, missionário da Consolata, segue de perto a ação da Igreja junto aos migrantes

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Em Boa Vista, Pe. Jaime Patias, missionário da Consolata, segue de perto a ação da Igreja junto aos migrantes

A crise humanitária na Venezuela obriga o povo a abandonar o próprio país para sobreviver. Mais de 3 milhões já migraram para o exterior. Em Roraima, nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, os migrantes passam por condições muito precárias. A falta de infraestrutura para abrigar, alimentar e dar assistência à demanda de refúgio traz uma tensão social preocupante.

Segundo o IBGE, mais de 30 mil venezuelanos estão em Roraima, porém somente cerca de 6 mil estão nos 13 abrigos montados com verbas do governo federal e construídos pelo Exército com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Em Boa Vista, Padre Jaime Patias, missionário da Consolata, segue de perto a atuação da Igreja com os migrantes.

“Um bom número está em casas alugadas ou quartos que logo ficam lotados. Sem auxílio, fica difícil pagar aluguel que custa entre R$ 300 e 500 reais. Mas o que impressiona é a quantidade de gente dormindo nas ruas e praças. Durante o dia, os cruzamentos e semáforos ficam cheios de ambulantes tentando vender qualquer coisa ou simplesmente ganhar um dinheirinho. O governo brasileiro concede refúgio, mas as ações de acolhida deveriam garantir também proteção social, saúde, educação, alimentação e segurança para todos. Uma das ações para desafogar Boa Vista é a interiorização de venezuelanos em outros estados. Neste sábado, 2 de fevereiro, um grupo de 99 imigrantes viajou com um voo fretado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) rumo a Dourados (MS) onde vão trabalhar em uma indústria de alimentos”, contou.

Nesses voos viajaram venezuelanos pré-selecionados para empregos fora de Roraima. As companhias divulgam as vagas e identificam as pessoas aptas para os trabalhos. Após isso, todos são submetidos a um processo seletivo.

No total, 300 venezuelanos manifestaram interesse pelas oportunidades de trabalho e participaram da etapa inicial do processo.

Um dos grandes objetivos odo programa, no qual a OIM colabora com o Exército brasileiro, é diminuir a pressão que há sobre o estado de Roraima, por ser o ponto de entrada de migrantes da Venezuela no Brasil, e facilitar ao mesmo tempo a integração dessas pessoas em outras partes do país.

A Equipe Missionária Itinerante do Instituto Missões Consolata (IMC), formada pelos padres Luiz Carlos Emer, Jaime Carlos Patias e Manolo Loro, tem dado prioridade aos mais vulneráveis em situação de rua e aos indígenas Warao, que estão fora do abrigo.

Com informações do Vatican News.

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