Amizade Social e povos de Rua

A cidade de São Paulo reúne 25% da população em situação de rua do país, segundo dados do Observatório Nacional dos Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos. O valor equivale a 55.000 pessoas vivendo sem uma residência formal na capital paulista e é maior, por exemplo, do que a população total de 89% dos municípios brasileiros. O levantamento mostra que as 5 cidades com a maior população de rua são grandes capitais. O Rio de Janeiro ocupa o 2º lugar do ranking, com 14.000 pessoas, seguido de Belo Horizonte (12.000), Salvador (8.000) e Brasília (7.000). No total, o país conta com 221 mil brasileiros nas ruas.

O Estado de São Paulo também concentra a maior população de rua do Brasil, com 91.434 pessoas, o equivalente a 41% do total. Os Estados de Minas Gerais (23.255), Rio de Janeiro (20.452), Bahia (11.725) e Paraná (11.319) também estão entre os maiores registros. Na proporção com a população local, o Distrito Federal lidera a lista: 0,26% dos habitantes da unidade federativa se encontram nas ruas.

O estudo diz, ainda, que o perfil do público pesquisado é majoritariamente masculino (88%) e negro (68%). A maior parte está reunida na faixa etária entre 30 e 49 anos (57%). A maioria sabe ler e escrever (90%), mas apenas 2% frequentam unidades de ensino.

Quanto aos motivos para estarem nas ruas, 44% alegaram problemas familiares, 38% citaram o desemprego e 28% mencionaram o alcoolismo ou uso de drogas. O tempo médio nas ruas é de até 2 anos, com 60% da população nessa condição. A parcela que está sem moradia formal há mais de 10 anos é de 12%. (Dados do Poder360).

No último Especial Campanha da Fraternidade 2024, nesta quarta-feira, 27, reunimos dois frades Franciscanos. Frei Carlos Alberto Queiróz (OFMConv.), pároco e reitor do Santuário Senhor do Bonfim, em Santo André, (SP), e frei Marx Reis diretor do Sefras, Ação Social Franciscana, discutiram o tema Amizade Social e povos de Rua. O bate papo foi mediado pelo jornalista Paulo Teixeira. Acompanhe!!