Senhor, nas festas de natal que se aproximam, os centros comerciais iluminam suas vitrines e a prefeitura ornamenta as ruas da cidade com arranjos decorativos. Escritórios e repartições públicas organizam festinhas, com troca de presentes, para “o amigo secreto”. Crianças e adolescentes colocam sua esperança no ganho de guloseimas e brinquedos.
Antigamente, as famílias mais tradicionais não montavam a árvore de natal, tida por costume pagão importado do norte da Europa. Hoje, porém, até a Praça de São Pedro, em Roma, ergue uma bela árvore. As famílias católicas montavam o presépio que encantava as crianças. Cecília Meireles se queixa de que, nos festejos de natal, tudo fique mais importante que o menino chegado para ensinar o amor: “amor de dar”, não “amor de possuir”.
Na minha infância, nós crianças esperávamos com ansiedade a chegada dos Reis Magos que nos traziam presentes. Mas a celebração mais importante era a “missa do galo”, à meia-noite. Não se ouvia falar de assaltos e estupros, muito menos de roubos de carros, porque os camponeses não tinham carro.
Os tempos mudaram, Senhor, hoje em algumas cidades já não se pode celebrar missas à noite, por causa da violência. Mesmo assim, como será bom escutarmos, mais uma vez, a leitura do profeta Isaías: “O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz (...) Pois nasceu para nós um menino (...) seu nome será (...) príncipe da paz” (Is 9,1-6).
Sim, Senhor, também neste ano, a luz resplandecerá em meio à escuridão dos nossos pecados pessoais e sociais. Tu és a luz do natal! Tu és o Deus conosco, o esplendor da luz eterna! Tu és a estrela que orienta e dá sentido a nossa vida! Vem, Senhor Jesus, sol de justiça, vem iluminar aqueles que jazem nas trevas e na sombra da morte. Como canta o Zé Vicente: “Oh! vem, Senhor, não tardes mais, vem saciar nossa sede de paz”.
Tu vieste e tornarás a vir, não apenas para nós, cristãos, católicos praticantes, mas para toda a humanidade, sem excluir ninguém. Que nós também saibamos incluir os pobres nas nossas festas!
Junto a Maria, “a Virgem do silêncio e da escuta”. Que Ela, que foi totalmente envolvida pela luz do Espírito Santo, nos ajude a viver plenamente o mistério do natal.
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