O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv) presidiu hoje a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (At 15,1-6) e o Evangelho de hoje (Jo 15,1-8).
Sobre o Santo Evangelho desta quarta-feira (05), Frei Sebastião chama a atenção para o aspecto da poda dos ramos e lembra que para a árvore dar os frutos é necessário que ocorra a poda dos galhos, o que fortalece os ramos que vão produzir.
A videira é assim, para dar mais força e produzir frutos a poda da árvore é essencial, e a deixa até feia. Porém nota-se como ela brota melhor e mais carregada de flores e dá mais fruto. A videira, fazendo isso, todo ano, cresce e se expande. Faz até sombra e nascem aqueles cachos bonitos de uva.
Isso acontece não só com a videira, mas outras árvores também, meu pai fazia isso muito bem. Eu cresci vendo isso. Quando eu era pequeno, questionava meu pai porque eu achava que ele estava destruindo tudo.
Depois aprendi que realmente a poda é necessária. Na nossa vida existe essa poda. Quantas vezes temos que mudar os nossos projetos e podemos aprender muito com os nossos erros. Temos que cortar tantas coisas e isso dói na gente.
Porém, Deus sabe que a partir daquela dor vão nascer outras coisas melhores, porque a seiva que nos alimenta é a própria força divina. A planta que renova os ramos produz frutos maravilhosos. Para isso, nós temos que ter fé e força e desejar que a poda da nossa vida seja abraçada com amor.
Sim! Sofremos com a poda. Vemos o que acontece nessa pandemia, quantas dores e quantos projetos tem que ser mudados, mas se nos deixarmos guiar por Deus, percebemos que haverá uma nova primavera, um milagre acontecerá.
Não tenhamos medo que Deus pode a nossa vida. Ele sabe o que faz e devemos abraçar isso com fé. Esta é poda da humanidade, é claro que não é Deus que provoca a pandemia, que mata as pessoas com vírus, claro que não, mas dentro disso tudo existe uma necessidade de renascimento, de reflexão e de procurar o que é realmente o essencial na nossa vida.
Deixar de poluir, deixar a destruir e deixar de não dar atenção ao ser humano. Muitas coisas nós temos que aprender com isso, é uma poda, sempre machuca, mas depois, a vida será uma explosão de alegria para todos.
Transcrição Marta Romero
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