Por Marta Romero Em A Santa Missa Atualizada em 08 JUL 2020 - 12H44

Mãe que nos deixa livres

Frei Sebastião ressaltou que assim como Maria foi livre para dizer o seu Sim a Deus, Ela nos respeita e não quer dominar o Seu Filho, mas implora em favor dos pecadores


Hamilton Guimarães
Hamilton Guimarães
Imagem de Nossa Senhora abençoada por São Pio de Pietrelcina


Homilia

Hoje, dia 8, dedicado a Nossa Senhora, lembramos o dia 8 de dezembro, quando celebramos a Solenidade da Imaculada Conceição, que é praticamente a alma da Milícia da Imaculada. Recordamos esse dogma que marcou tanto a vida de Maximiliano Kolbe, aquele que viu, em Nossa Senhora, a mulher capaz de fazer o maior milagre do universo e de levar a igreja a ser missionária, a alcançar o seu objetivo que é evangelizar todos os corações, por intermédio e sob a proteção da Imaculada.

Isso, realmente, foi um privilégio que São Maximiliano Kolbe recebeu do próprio Espírito Santo e que agora está transmitindo a todos nós. Quando falamos de Nossa Senhora, não é uma devoção somente, é muito mais; é uma vida, é um sentido pleno. Nós temos que lembrar que a Virgem Imaculada participou da Encarnação, pois foi Ela a escolhida para gerar, para o mundo, na humanidade, o próprio Verbo Eterno.

São João Evangelista, que teve alegria de herdar a mãe de Deus, e cuidar dela como sua própria mãe, coloca-nos três pontos básicos sobre a Virgem Imaculada, quando mostra que Deus amou o mundo a ponto de enviar o Seu Filho: “Por Ele, com Ele, tudo foi feito e, sem Ele, nada daquilo que existe foi feito”. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Mas onde? No seio desta mulher. Podemos ver que o universo inteiro não foi capaz de se conter, porque o próprio Deus quis se tornar homem por meio de uma mulher que Ele escolheu.

Nem podemos imaginar como Deus onipotente preparou esta mulher. São João a coloca na base do Evangelho, na Encarnação. E, depois, a coloca no início da manifestação pública de Jesus e, exatamente, com uma maneira que seria a dinâmica permanente de ser de Jesus.

Neste milagre em Caná da Galileia em primeiro lugar vemos a sensibilidade desta Mãe. Ela não tinha nada que ver com a festa. Ela percebeu o que iria acontecer, porque se o vinho terminasse, iria ser uma festa sem graça, uma festa sem alegria e iria ser uma dor para sempre na vida daquele casal. A sensibilidade de Nossa Senhora foi impressionante neste momento. E por isso abriu o caminho dos milagres e da manifestação do seu próprio Filho e o fez com uma autoridade única, uma autoridade de mãe, mas respeitando sempre a dignidade e a grandeza do seu Filho. Ela não mandou Jesus fazer um milagre, mas o colocou perante a situação deixando para Ele a liberdade de optar. Ele que já havia dito: “O que nós temos a ver com isso? Não chegou a minha hora!” Quer dizer que perante a primeira reação de Jesus talvez o caminho teria sido diferente, mas a Sua Mãe agiu de uma forma materna e O colocou perante a situação e não O obrigou. Simplesmente O colocou diante do servo, dizendo “faça o que Ele mandar.”. Jesus poderia muito bem dar qualquer solução. Poderia até dizer outra coisa, mas Ele atendeu sua Mãe e atendeu realmente ao dar sentido da festa e fez um milagre.

Penso muito nisso, porque este milagre é a missão permanente de Nossa Senhora. É o poder do amor. Não foi ela que pediu ser Mãe de Deus, Ele é que pediu. Então ela nunca perdeu esse direito, essa dignidade e a partir daí ela se sentiu sempre Mãe, mas não uma Mãe que domina, mas uma Mãe que implora. “Faça o que Ele mandar.” Essa é a missão da Igreja, é a missão de todos Nós, está é a missão da Milícia: “faça o que Ele mandar”. Jesus vai nos mandar sempre atingir os outros e proporcionando a verdadeira alegria.

Irmãos e irmãs, olhem bem para o que estou falando aqui. Olhe bem na sua vida e, portanto, veja as tuas necessidades. Em primeiro lugar, a necessidade de ser verdadeiro discípulo e discípula de Jesus; sinta-se chamado e chamada por Nossa Senhora. Olhem para Jesus com muita atenção para sentir o que Ele quer de vocês e façam aquilo que Ele quer que vocês façam. Nossa Senhora estará sempre ao lado de vocês para ajudar a fazer tudo e Cristo, certamente, recomendado por Ela, vai fazer de vocês grandes apóstolos e apóstolas.

Isto é o que está acontecendo aqui na Milícia da Imaculada. Estamos realmente fazendo como Nossa Senhora nas Bodas de Caná, e que se perpetue para sempre. Nós somos servos dela, os filhos e as filhas dela, daquela que nos aponta Jesus para sermos sempre, nas mãos dele, os verdadeiros apóstolos que continuam a obra dele. Amém.

Milícia da Imaculada · Evangelho e homilia 08 07 2020

Oração após a comunhão

Jesus, estamos na sua frente com Sua mãe ao Seu lado. Hoje, dia 8, muito importante para nós e pela nossa obra, porque celebramos o grande amor da Sua Mãe. Como Ela mesma diria, no grande Magnificat: “O Todo-poderoso fez em mim maravilhas”. Sim! Você a quis preparar e este milagre em Caná da Galileia será sempre o marco do Seu jeito de agir no mundo. São Maximiliano Kolbe intuiu muito isso. A Sua Mãe não pertence ao Seu passado, Ela está presente. E, aos pés da Cruz, ficou em pé para abraçar a todos os discípulos os quais Você tornou Seus filhos. Ela sabe trabalhar com eles como fez com Você, Jesus. De maneira particular, Jesus, eu peço que deixe a Sua mãe conosco e diga a Ela para cuidar de nós e nos proteger.

Estamos com muito medo de tantas coisas, mas sabemos que, sob a proteção dela, nós vamos sentir segurança, coragem e vamos enfrentar todo tipo de desafio. Esta obra, dedicada a Ela, Jesus, seja o sentido da existência de todos. Você sempre será o sentido da Encarnação do amor infinito de Deus, que vem em cada um de nós, porque somos filhos. Jesus, dê-nos essa Mãe e nós vamos nos deixar cuidar por Ela e, por isso, a nossa Consagração será a nossa entrega, a nossa disponibilidade nas mãos dela, para sermos os servos que farão tudo o que Você mandar, Jesus. Amém!

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Participe da Campanha Amigo de Deus! Vamos homenagear o nosso querido Frei Sebastião!

Fonte: Rádio Imaculada

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