A partilha é um DOM
O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv) presidiu hoje a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (At 5,34-42) e o Evangelho de hoje (Jo 6,1-15).
Frei Sebastião destaca que meditando sobre esse Evangelho, podemos notar que o primeiro que percebeu a necessidade do povo foi Jesus. Ele quis atender este povo. A iniciativa é sempre de Deus, Jesus.
Ele não quis fazer o milagre sozinho, sem a colaboração das pessoas. Ali estavam cinco mil pessoas e um jovem com cinco pães e dois peixes. Jesus quis partir realizar o milagre a partir daquela realidade insignificante, daquilo que eles tinham.
Cinco mil homens, é muita gente com somente cinco pães e dois peixes. O milagre foi grande, portanto a iniciativa de Jesus que teve compaixão deu resultado.
É muito bonito isso! Deus não está indiferente conosco. Ele tem sentimento, amor e ternura. Mas não quis fazer uma mágica, Ele quis aumentar aquilo que eles mesmos possuíam e a partir daí deu alimento a tanta gente.
Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus ainda quis recolher aquilo que sobrou. Jesus dá muita atenção, Ele sabe que a fome iria voltar. Podemos notar quanto desperdício constatamos até na nossa própria vida e na sociedade.
Eles recolheram os restos e assim por causa daquele milagre queriam proclamá-Lo rei, mas Jesus se ausentou. Ele não faz o bem para ser adulado, mas pela alegria de poder fazer. Esse milagre será sempre para nós com um espelho.
Depois de tudo isso Jesus saiu sozinho e foi ao monte rezar. Que itinerário maravilhoso! Cristo, que passa vê o sofrimento e tem compaixão. Aproveita do que nós temos, faz o milagre e ainda recolhe o resto que sobrou.
Tudo isso para ensinar que não devemos jogar nada fora. Depois Jesus se isolou, porque não queria uma recompensa humana, mas somente a alegria de poder dar.
A recompensa de Jesus era poder amar. Como podemos adaptar isso na nossa vida? Cada um tem a sua história, a sua realidade, podemos olhar ao nosso redor e descobrir que podemos realizar muitas coisas, em primeiro lugar não desperdiçar nada e depois vamos olhar um pouco para as necessidades dos outros, como Jesus.
Pode ser que não tenhamos dinheiro para dar, mas temos uma palavra, um sorriso, um incentivo ou um pouco de atenção, não custa nada. Prestemos atenção porque sempre temos alguma coisa para dar.
Transcrição Marta Romero
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