O Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv) presidiu hoje a Santa Missa, no Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Gn 32,23-33) e o Evangelho de hoje (Mt 9,32-38).
Frei Sebastião começa sua homília lembrando que Jesus cura os cegos, abre os ouvidos dos surdos e a boca dos mudos. Pensemos um pouco na nossa realidade. Não sabemos olhar de verdade, pois nem sempre os olhos físicos veem bem as coisas de Deus; nem sempre o nosso coração pulsa como o coração do Senhor e nem sempre nossos ouvidos ouvem realmente o verdadeiro gemido das pessoas.
Ler a história com os olhos de Deus; ouvir as pessoas com o ouvido de Dele e ter a sensibilidade do Senhor em tudo, dá um novo sentido a nossa vida. Veja como Jesus está sensibilizado, neste Evangelho.
Ele sente realmente o sofrimento daquela multidão, que está sem orientação, sem pastores, vivendo suas angústias. Jesus é sensível ao sofrimento humano. A atitude de Jesus deve despertar em nós a solidariedade, que é fruto do amor verdadeiro, isso teria que ser o gesto concreto da nossa vida.
Não devemos nos considerar inúteis neste mundo, porque não fazemos grandes coisas. Deus é a nossa luz; Ele é a nossa sensibilidade. Olhar um pouquinho mais para fora do nosso mundo; abrir a janela do nosso quarto, da nossa vida para ouvir os outros e olhar nos olhos dos outros com os mesmos olhos de Deus, isso está ao nosso alcance e pode fazer toda a diferença.
Sentir e reconhecer todas as maravilhas de Deus em nós e nos nossos irmãos é um despertar para a uma nova vida. Mesmo nesta pandemia é preciso saber ler, enxergar, ouvir, falar com os mesmos sentimentos de Deus.
Não vamos parar como vítimas, somos convidados a dar paz; a dar uma palavra de consolo; um olhar de misericórdia para a humanidade a partir de nós mesmos, saindo de nós.
Não vamos nos fechar no túmulo dos nossos problemas e ainda puxar a tampa, para ficarmos ali enterrados. Não! Não somos feitos para o túmulo. Somos feitos para ressurreição e para a vida plena.
Transcrição: Marta Romero
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