Disse Jesus: “quem não entra pela porta do curral das ovelhas, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas que lhe pertencem pelo nome e as leva para fora e elas o seguem porque conhecem a sua voz. Não seguem o estranho, mas fogem dele pois não conhecem a voz do estranho”. Jesus falou de modo figurado, e eles não entenderam o que queria dizer. Por isso Jesus continuou: “Na verdade eu vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo. Entrará e sairá e encontrará pastagem. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.
Em meio a tanto ruído e tantas vozes, é muito difícil distinguir a Verdadeira Palavra de Deus. Não é fácil reconhecer a verdade entre os milhares de “pastores” que diariamente, nos convidam a segui-los.
Batem à porta e, muitas vezes, até nos chamam pelo nome. Com voz mansa e doce, apresentam caminhos tentadores, oferecem prosperidade, vida farta, conforto, segurança e curas milagrosas de toda e qualquer enfermidade. Basta que se pague uma generosa taxa.
Com a agressividade do Covid 19 o mundo todo desesperado e, esses tais produtores de milagres desapareceram. Nenhuma oração dos 318 mágicos, nem mesmo um milagroso lencinho suado, foram capazes de preservar a vida de milhares de pessoas acometidas pelo vírus assassino. O evangelho de hoje é um alerta e nos convida a refletir sobre os verdadeiros pastores e líderes dos nossos dias.
Neste trecho do evangelho Jesus se apresenta como a porta das ovelhas. A Porta da segurança, a Porta que traz salvação para quem por ela passar. Mais adiante, no versículo onze, Jesus dirá: “Eu sou o Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas”.
É maravilhosa a mensagem deste evangelho, principalmente, para quem já viveu no campo ou em contato com pastores. O pastor e o seu rebanho eram uma realidade muito comum na vida do povo, no tempo de Jesus.
O que esse relato nos mostra é a intimidade, o afeto entre o pastor e as ovelhas. Percebemos que existe entre eles um amor e uma confiança muito grandes. Jesus vai dizer que as ovelhas não seguem um estranho.
A porta tem duas finalidades: a de permitir a entrada dos donos da casa, e também a de impedir o ingresso de estranhos. Jesus afirma que ele é a porta. É ele quem decide quem deve ter acesso às ovelhas e quem deve ficar longe do rebanho.
Por essa porta só o verdadeiro pastor pode passar, diz Jesus. O pastor autêntico deve ter os mesmos sentimentos e atitudes em relação às ovelhas. Deve amá-las e estar disposto a dar sua própria vida para salvá-las, assim como ele o fez.
As ovelhas seguem somente o seu pastor, porque conhecem a sua voz e reconhecem seus passos. Conhecer, na Bíblia, tem um significado muito profundo, conhecer significa amar. Quem conhece de verdade, ama, pois quem não ama o próximo, ainda não o reconheceu como irmão.
Jesus deixa bem claro a diferença entre o bom e o falso pastor. Este último vem só para roubar, destruir e matar. Por isso é comparado ao ladrão. O Bom Pastor preocupa-se com a vida; vem para que todos tenham vida plena e em abundância.
O pastor é o líder. Todos nós, seja no trabalho, na família ou na comunidade, sempre exercemos algum cargo de liderança. É importante rever nosso comportamento como líderes. Na parábola do bom pastor, Jesus nos alerta sobre como viver as relações de liderança. O líder não pode ser autoritário.
Quando a liderança deixa de ser serviço para se transformar em poder, ela oprime e destrói. Quando exercemos um cargo de liderança, sobretudo nas funções públicas e na comunidade, precisamos estar próximos das pessoas, precisamos conhecer suas necessidades, compreendê-las, amá-las e partilhar com elas a vida.
A vida deve ser entendida no sentido amplo. O amor e a partilha devem estar presentes na vida comunitária, na vida religiosa, na vida familiar e, até mesmo na vida profissional.
Em qualquer caso, o autoritarismo, a negligência ou o abandono são nocivos e levam à morte. Matam a religiosidade, a comunidade e a família. O verdadeiro líder não se impõe, é seguido pela simplicidade e honestidade de suas ações.
As ovelhas conhecem a voz do seu pastor, confiam e deixam-se levar. Sabem que, se for necessário, o pastor as carregará sobre seus ombros. Em segurança serão conduzidas para verdes pastagens e água abundante.
Quantos que se apresentam como pastores, falam até em nome de Jesus Cristo e, no entanto, não estão preocupados com liberdade, justiça e dignidade. Não têm compromisso com a vida e sobrevivem da onda de violência, que tanto ameaça suas ovelhas.
Cuidado, pois eles têm voz muito parecida com a do verdadeiro Pastor. Fazem uso dos meios de comunicação. Sobem em palanques e se comunicam também através de enormes e caríssimas redes de rádio e tevê, além dos jornais e das revistas. Estão presentes no nosso dia a dia disfarçados de bons pastores.
Precisamos estar atentos, observar os mínimos detalhes, para não sermos enganados. O caminho é um só, não existem atalhos. O Bom Pastor não é reconhecido por falar manso e de forma poética, Ele é reconhecido pelas verdades que diz. Suas palavras nem sempre traduzem o que nós queremos ouvir, não são palavras doces, porém, são Palavras verdadeiras. Palavras de vida e de esperança.
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