Por Jorge Lorente Em Evangelho Dominical Atualizada em 16 DEZ 2020 - 15H00

A Boa Nova: 3º Domingo do Advento

“Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da Luz!” (Jo 1, 6-8.19-28)



Houve um homem enviado por Deus, de nome João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntar: “Quem és tu?” Ele confessou e não negou: “Eu não sou o Cristo”. E lhe perguntaram: “Mas então quem és? És Elias?” Ele respondeu: “Não sou”. “És o Profeta?” E ele respondeu: “Não”. Disseram-lhe então: “Quem és afinal, para darmos resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?” Ele disse: “Eu sou a voz que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor, segundo disse o profeta Isaías”. Os enviados eram da parte dos fariseus. Perguntaram-lhe ainda: “Se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta, por que então batizas?” João respondeu-lhes: “Eu batizo com água, mas no meio de vós está alguém que vós não conheceis. É ele que vem depois de mim, de quem não sou digno de desatar a correia das sandálias”. Isto aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João batizava.

COMENTÁRIO

Mais uma vez nos encontramos para meditar a palavra de Deus. Já estamos no terceiro Domingo do Advento, tempo de preparação nesta caminhada para comemorarmos, com muita alegria, o nascimento de Jesus. Somente alguns dias nos separam dessa grande data.

É tempo de alegria e de esperança, é Jesus que vem! É o Menino Deus que vem para consertar o que a humanidade destruiu. Vem para derrubar as barreiras que separam e que isolam. Vem para unir, salvar e para trazer a paz.

No evangelho de hoje, novamente, nos deparamos com João Batista e, como sempre, lá está ele testemunhando Jesus. João dedicou toda sua vida para anunciar a vinda do Messias. Ainda no ventre de sua mãe, na visitação de Maria, João estremeceu de alegria ao testemunhar a presença da Verdadeira Luz.

Os sacerdotes e levitas queriam saber dos mínimos detalhes. Os fariseus estavam preocupados com João. Como é que ele pode batizar, como pode pregar o jejum, a penitência e, até mesmo a conversão, alguém sem nome e sem títulos? "Se não és o Messias, nem Elias ou algum profeta, quem és afinal?” – perguntavam.

As perguntas foram muitas, João poderia dizer tanta coisa a seu respeito, ele poderia vangloriar-se do privilégio de ser o anunciador do Messias, mas não foi nada disso que fez. Ele não se exaltou e humildemente disse: "Sou a voz que clama no deserto: aplainem o caminho do Senhor!"

"No meio de vocês está alguém de quem eu não sou digno sequer de desamarrar a correia de sua sandália". João fez questão de ressaltar a grande diferença entre o batismo de Jesus e o seu. "Eu batizo com água, Ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo" – disse.

O batismo de João não perdoava os pecados, mas levava ao arrependimento, que é o sentimento básico para se obter de Deus o perdão. Era um rito que simbolizava a renovação interior, a mais adequada preparação para receber o Messias e o seu Verdadeiro Batismo.

Como dissemos, João Batista foi o primeiro missionário. Cumpriu muito bem sua tarefa de preparar os caminhos. Apesar de sua humildade, demonstrava uma personalidade vigorosa, clara e firme. Ele não era a luz, mas como ninguém, soube dar testemunho da Luz. Preparou muito bem o terreno para Jesus lançar as sementes do Reino.

Uma vez cumprida sua missão, ele desaparece do cenário e deixa Jesus agir. A grande prova que João tinha consciência da divindade de Jesus está contida nestas palavras que, mais tarde ele diria aos seus discípulos: "É preciso que Ele cresça e eu diminua".

Vamos imitar João e deixar Jesus agir. Vamos fazer a nossa parte e cumprir a nossa missão. Se prepararmos os caminhos e os terrenos, a humanidade caminhará sem tropeços e as sementes germinarão; se nos fizermos menores entre os irmãos, seremos grandes perante Deus.

Escrito por
Jorge Lorente
Jorge Lorente

Locutor da Rádio Imaculada, colunista e escritor de vários livros consagrados. Seu último lançamento foi a obra "Maria, mãe e mulher".

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