“Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: ‘Segue-me’. Ele se levantou e o seguiu”.
O trecho do Evangelho deste domingo traz a narração da vocação de Mateus. A vocação deste discípulo não deve ser lida sem levar em conta as vocações de Simão e André, Tiago e João, mencionadas no início do Evangelho (Mt 4,18-22).
O chamado feito a Mateus retoma essencialmente a estrutura do chamado desses outros discípulos, no sentido que Jesus se dirigiu a ele com palavras semelhantes às que foram dirigidas a Simão e André, Tiago e João, e, como eles, Mateus também respondeu prontamente, deixando tudo para seguir Jesus. A vocação de Mateus, porém, traz aspectos inteiramente novos. Simão e André, Tiago e João eram judeus piedosos, fieis às práticas religiosas. Mateus, ao contrário, era um transgressor da Lei. Era cobrador de impostos. Sua função era recolher dos judeus uma taxa individual em favor dos dominadores romanos. Por colaborar com o domínio dos estrangeiros e estar sempre em contato com eles, os cobradores de impostos eram considerados pecadores da pior espécie, que nem sequer podiam entrar no templo.
Assim, ao chamar um excomungado para o seu seguimento e, mais ainda, partilhar uma refeição com os demais cobradores de impostos e pecadores, Jesus realiza uma ação absolutamente fora dos padrões usuais. Isso escandaliza os piedosos fariseus que, indignados, reclamam com os discípulos de Jesus: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Jesus então declara: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes...Com efeito, eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
Portanto, a vocação de Mateus e a refeição com os “excomungados” da comunidade religiosa são manifestação do mesmo evento, único e definitivo, que transfigura a história: a misericórdia de Deus alcançou a todos, sem distinção. Isso constitui o conteúdo substancial do anúncio de Jesus. Portanto, o chamado dirigido a Mateus, este homem transgressor das leis judaicas e excluído da assembleia litúrgica, representa um veemente apelo à conversão, à fé e à salvação, endereçado a todos os pecadores, sem ressalvas. Pois, na pessoa e na atuação de Jesus foi inaugurada “a nova justiça” (Mt 5,20), manifestou-se a benevolência superlativa de Deus Pai, que quer misericórdia e não sacrifícios (Mt 9,13). Assim, na vocação de Mateus eclodiu a Boa-nova do Evangelho: não há excluídos, porque Jesus veio para buscar e salvar o que estava perdido (Lc 19,10). Portanto, doravante, quem quer que ouça o apelo de Jesus: “Segue-me!” e acatá-lo, como Mateus, torna-se membro da sua comunidade, um conviva da mesa da reconciliação que ele veio oferecer a todos.
A experiência vocacional desses primeiros discípulos torna-se, portanto, paradigma de toda vocação cristã. Como a eles, Jesus chama também a cada um de nós para ser seu discípulo, sua discípula. Se na vocação de André e Simão, Tiago e João transparecem as exigências com as quais o discípulo deve responder ao chamado de Jesus, na vocação de Mateus evidencia-se mais o que o discípulo recebe, quando assume seguir Jesus fielmente: acesso pleno à misericórdia de Deus Pai.
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