Formação

Uma nova chance

“Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chame teu filho. Trata-me como um dos teus empregados”. Então se levantou, e foi ao encontro do pai” (Lc 15, 18-20)

Escrito por Jorge Lorente

17 JUL 2023 - 00H00 (Atualizada em 17 JUL 2023 - 15H00)

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“Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chame teu filho. Trata-me como um dos teus empregados”. Então se levantou, e foi ao encontro do pai” (Lc 15, 18-20)

Um homem muito rico possuía uma grande fazenda e muito gado. Tinha um único filho, seu herdeiro, que não gostava de trabalho nem de compromissos. Andava rodeado de amigos, festejando e bebendo. Seu pai o advertia que os amigos só estariam ao seu lado enquanto tivesse o que lhes oferecer, depois iriam abandoná-lo. Ele, no entanto, pouco ligava para os conselhos e preocupações do pai. Um dia, sentindo-se velho e cansado, o pai mandou seus empregados construírem um pequeno celeiro e dentro dele, ele próprio construiu uma forca. Ao lado da forca colocou uma placa com estes dizeres: "Isto é para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai". Depois chamou o filho, levou-o até o celeiro e lhe disse: “Meu filho, já estou velho e quando eu partir, você herdará tudo o que é meu, e já sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados, vai gastar todo dinheiro com seus amigos. Irá vender os animais e os bens para se sustentar e, quando não tiver mais dinheiro, seus amigos irão se afastar de você. Nesse dia, sozinho e sem mais nada, você vai se arrepender amargamente por não ter me ouvido. Por causa disso, eu construí esta forca.Leia MaisSemana do Migrante traz reflexão sobre quem bate a nossa portaQuaresma: tempo de reflexão e conversãoA história de Noé é a reflexão do Páginas da BíbliaSilêncio, reflexão e oração

Ela é para você e quero que me prometa que se acontecer o que estou dizendo, você se enforcará nela”. O jovem riu, achou isso tudo um exagero, mas, para não contrariar seu pai, prometeu que se enforcaria, apesar de ter certeza de que isso jamais aconteceria. Rapidamente o tempo passou e seu pai morreu. Com a mesma rapidez, o jovem herdeiro gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e, até mesmo, a própria dignidade. Num de seus poucos momentos de lucidez, fez uma reflexão sobre sua vida e viu quantas bobagens havia feito. Lembrando-se, então, de seu pai, começou a chorar e a dizer: “Ah, meu pai, apesar de agora já ser tarde demais, perdoa a minha ingratidão!” Magoado, levantou seus olhos e ao longe avistou o pequeno celeiro, a única coisa que lhe restava. Lentamente dirigiu-se até lá e entrou. Ao ver a forca e a placa empoeirada, com a voz embargada, falou: “Nunca segui os conselhos de meu pai. Em vida nunca lhe dei uma alegria, mas pelo menos desta vez vou fazer sua vontade e cumprir minha promessa”. Decidido, subiu os degraus, colocou a corda no pescoço, olhou para o céu e disse: “Oh, meu Deus, quem me dera ter uma nova oportunidade para recomeçar!” Sabendo que nada mais lhe restava, criou coragem e pulou. Sentiu por um instante a corda apertar sua garganta. Mas o braço da forca era oco. Confeccionado com um frágil tubo, o braço quebrou-se facilmente. O rapaz caiu no chão, e sobre ele caíam pepitas de ouro, joias e diamantes. O tubo estava repleto de pedras preciosas, e um bilhete que dizia: "Meu filho, esta é a sua nova chance, com um beijo de seu pai, que muito o ama!”.

Fonte: O Milite - 378

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Por Jorge Lorente, em Formação

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