Nossa Senhora

Guardava tudo em seu coração

“Sua mãe guardava todas essas coisas no Seu coração” (Lc 2,51). Nessa atitude vivida por Maria, encontramos um segredo para sermos verdadeiros discípulos de Jesus .

Escrito por Espiritualidade

01 MAI 2020 - 00H00 (Atualizada em 17 AGO 2021 - 09H55)

O mês de maio é tradicionalmente consagrado a Nossa Senhora. Neste mês dedicado à Mãe de Jesus, rezemos diariamente a intenção de oração da Milícia da Imaculada no mundo todo, ao recitarmos diariamente a nossa entrega pessoal a Nossa Senhora:

“Para que o exemplo de Maria nos ajude a melhorar nosso seguimento de Cristo.”

Abaixo, você encontra o artigo preparado pela Missionária Sara Caneva e a Voluntária Matilde Luvisotto, do Instituto das Missionárias da Imaculada-Padre Kolbe, que atuam na área de formação no carisma da MI. Inspire-se!

“Sua mãe guardava todas essas coisas no seu eu coração” (Lc 2,51)

Em seu caminho de peregrinação de fé, Maria aprende dia após dia, a acolher em si os eventos da vida, não através do processo dos pensamentos, mas através da experiência da meditação.

Maria conservava e meditava em seu coração o que a vida lhe apresentava, aquilo que entendia e o que não entendia, e assim, unia os eventos da sua existência, os aceitava mesmo se não os compreendesse plenamente.

Nesta atitude vivida por Maria, encontramos um segredo para sermos verdadeiros discípulos do seu Filho: Maria nos ensina a estarmos atentos ao que vivemos, a conservar no coração as experiências da vida, para deixar a Deus a liberdade de preenchê-los de sentido ajudando-nos a ver neles a Sua presença que nos forma e nos transforma. Nada do que vivemos é sem sentido. Em cada experiência, podemos aprender a conhecer a ação de Deus que nunca nos abandona.

Podemos afirmar, sem dúvida, que São Maximiliano viveu essa mesma atitude de Maria e até aprendendo dela a melhor maneira de seguir a Jesus, que não exclui em absoluto, como ele mesmo demonstra, as dificuldades nem sacrifícios:

“A Imaculada nos ensinará a maneira de poder manifestar nosso amor ao Coração Divino, dia após dia, hora após hora, instante após instante, no fiel cumprimento dos nossos deveres comuns e no compromisso de nos conformarmos à Vontade de Deus: Um amor generoso, através do cumprimento de Sua vontade, apesar das dificuldades, dos sacrifícios e das cruzes” (Escrito de São Maximiliano Kolbe 1233).

Maria era, para Padre Kolbe, mestra de vida espiritual e, como sugere anos mais tarde o Papa Paulo VI, “olhando para Ela, Kolbe pôde fazer da própria vida um culto a Deus, e no seu culto, um compromisso vital” (conf. MC 21).

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O compromisso com o apostolado norteou a vida do nosso santo, mas, em 1941, durante a guerra, os invasores selaram as máquinas de impressão, interrompendo a atividade missionária da Cidade da Imaculada. Frente à própria fragilidade e a insegurança de seus irmãos, disse-lhes para que não esquecessem o amor e demonstrou o quanto guardava no coração cada acontecimento:

“Aqui a Imaculada nos faz tocar com a mão a sua proteção. Desde que fomos libertados da prisão, no dia da sua Imaculada Conceição, Ela nos concede cada vez mais novas graças. Oxalá fossemos capazes de corresponder a elas! O amanhã, como em toda a parte neste momento, é incerto, mas sem a Vontade de Deus nada pode acontecer; além disso a Imaculada é a Proprietária e a Senhora aqui, e pode dispor de tudo como lhe agradar” (Escrito 901).

Diante da preocupação dos frades em relação à continuidade da obra da Milícia da Imaculada, respondia:

“Permaneçamos tranquilos. Se a causa da MI é uma obra da Imaculada, estejamos certos de que nenhuma dificuldade poderá prejudicá-la; porém se não é, então que caia. Quando cumprimos o que a consciência nos indica, podemos olhar para o futuro com serenidade, apesar das nossas faltas” (Escrito 942).

Desejo para cada um nós o que desejou Santo Ambrósio já no século IV: "Que em cada um de vós tenha a alma de Maria para bendizer o Senhor; e em cada um de vós esteja o seu espírito, para exultar em Deus!".

(Padre Maximiliano foi “prisioneiro civil 175” nos campos de concentração de Lamsdorf, de Amitz e de Ostrzeszów, a partir de 19 de outubro de 1939 e liberado no dia 8 de dezembro de 1939 com o padre Pio Bartosik, vigário do convento, e com 34 irmãos.)
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