Por Túlia Savela Em Nossa Senhora Atualizada em 29 SET 2021 - 17H39

Potência geradora do Pai

Maria é a serva e a esposa do Espírito Santo. O sim de Maria ilumina nossa vocação e docilidade





Por Dom Nelson Westrupp, SCJ, Bispo Emérito de Santo André

“Serva” é uma palavra bíblica que não tem nada de passivo; “serva” é “a primeira” depois do rei, que colabora no seu projeto. “Maria, então, disse: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”. Portanto, na resposta de Maria ao anjo não há nada de subserviência, pelo contrário, há uma realidade libertadora. É Ela que decide pessoalmente, de forma autônoma, pronunciar aquele sim corajoso que a contrapõe a todo o seu mundo e lhe transformará a vida.

Na Anunciação, Maria torna-se verdadeiramente templo, habitação de Deus. A jovem de Nazaré aparece como a amada e serva do Senhor, Virgem e Mãe. Figura singular, Ela reassume “o antigo” e antecipa “o novo”. A sua identidade está ligada à sua feminilidade e à sua maternidade. Tudo acontece na esfera do Espírito Santo, que é a fecundidade de Deus, a potência geradora do Pai. Celebramos Maria como Esposa do Espírito Santo, ao qual empresta seu seio virginal no momento da Encarnação. Os mistérios da Anunciação e da Encarnação trazem, portanto, o rosto de Maria. No seu coração materno, o mistério de Deus escondido tomou forma e rosto humanos para nos ver e tocar. Maria foi a primeira a se beneficiar dos frutos da obra da Redenção, tornando-se a imagem e o modelo segundo o qual Deus quer refazer o rosto da humanidade.

Na Anunciação, o Senhor revestiu de eternidade o tempo. Aqui antecipa-se o mistério total de Cristo realizado na Sua Páscoa. A Deus nada é impossível, mas nós podemos fazer tudo o que é possível. Na Anunciação acontece a possibilidade do impossível. Aqui a vida aparece como uma fonte inesgotável de surpresa. A vinda da Palavra dependeu do sim da jovem Maria para se encarnar e morar entre nós... Hoje, de modo especial, queremos nos sentir visitados por Deus e portadores do divino hóspede.

Temos, em Maria, o exemplo do discípulo, cuja principal missão é escutar e pôr em prática a Palavra de Deus. Nela, na Mãe de Jesus e nossa, todos nós nos podemos reconhecer, tanto homens como mulheres, isto é, nos reconhecer na sua fé, na sua liberdade, na sua disponibilidade e na sua coragem.

Nesse sentido, podemos dizer que a Anunciação de Maria ilumina a vocação de cada um de nós.

(cf. E. Ronchi / M. Marcolini, A Esperança que nasce da Palavra, Ano B, Paulinas Editora-Prior Velho, 2014, págs. 18-20; (cf. J. C. Esteves / M. Borges / M. J. Oliveira, Sementes do Evangelho, Ano B, Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2014, págs. 20-22).

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