Após enviar seus irmãos dois a dois em direções diversas, Francisco desejou revê-los e isso o fez rogar à Deus, pois era a única forma de reuni-los.
"Porém, pouco tempo decorrido, desejando Francisco voltar a vê-los, rogou ao Senhor, que é quem reúne os filhos dispersos de Israel, se dignasse em Sua misericórdia juntá-los a todos sem demora".
Hoje, nós, com tantos meios de comunicação, conectados uns aos outros, provavelmente não teríamos paciência para esperar a vontade de Deus. Espere um pouco, isso seria o kairós, não é mesmo? Mas, quantos de nós realmente aguardamos pacientemente?
Claramente, na nossa sociedade atual nos tornamos ansiosos e aflitos, confrontamos a nossa razão, pois em um momento estamos revivendo o passado e no seguinte sofremos preocupados com o futuro. Dessa forma, fica claro que possivelmente não conseguiríamos aguardar como Francisco, quando rogou à Deus.
"E assim sucedeu, segundo os seus desejos: a breve trecho, sem que ninguém os chamasse, estavam todos de volta e davam graças a Deus. Tomando juntos a refeição, celebravam calorosamente a ventura de tornarem a ver o piedoso pastor, e deveras se maravilharam de haverem acertado todos no mesmo pensamento".
Para finalizar, eu quero te perguntar, caro leitor, caso venha a aguardar ansiosamente a resposta de Deus a um pedido teu: esperaria confiante de que este pedido fosse realizado a qualquer custo, ou aceitaria caso não ele não se concretizasse? Ou ainda, se acaso realizado fosse, como seria a tua comemoração?
Francisco já nos ensinava há mais de 800 anos a aguardar o kairós e a comemorar todas as vitórias, ainda que sejam apenas passos rumo ao objetivo da missão.
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O livro utilizado como base: A Vida de São Francisco de Assis – São Tomás de Celano
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