Mártir da caridade, rogai por nós!
Chegamos a um ponto especial de nosso itinerário kolbeano, no qual São Maximiliano Kolbe mergulha no mistério da Imaculada Conceição, encontrando na própria Virgem Maria a máxima expressão da Santíssima Trindade:
Comunhão com o Pai. Fidelidade a Cristo. Esposa do Espírito Santo.
A maternidade divina é relativa ao Verbo Encarnado e fundamento de qualquer outro presente dado à Virgem Maria. A mediação das graças encontra sua origem na profunda união entre ela e o Espírito Santo. De Maximiliano Kolbe, que tem ideias maravilhosas sobre o relacionamento entre Maria e o Pai, Maria e o Filho, nasce, de uma maneira muito particular, a partir do mistério do relacionamento entre Maria e o Espírito Santo. Toda a vida terrena de Maria é colocada entre duas referências ao Espírito Santo: a Anunciação e o Pentecostes. Ela torna-se Mãe de Deus salvador por obra do Espírito Santo, concebe o Filho de Deus na natureza humana e o acolhe na fé. Maria caminha com o Espírito Santo até acolhê-lo na vinda sobre a Igreja nascente, perseverando em oração com os apóstolos e os primeiros discípulos.
Percorrendo o itinerário espiritual de Kolbe, deparamo-nos com o progresso que ele fez na meditação e contemplação de Maria no mistério da Trindade. Enquanto vivia e experimentava na carne as metamorfoses comuns de um ser humano que busca transcender, ele permite-se mergulhar neste mistério, dando passos até então desconhecidos. Vejamos o que ele mesmo afirma no ano de 1932:
A Imaculada está tão unida ao amor de Deus, que se eleva não apenas acima de todos os santos, mas também acima de todos os anjos ... de modo que esse pouco amor pela Imaculada nos eleva até que todos estejam ligados pelo amor, além de tudo o que significa amor ilimitado pela Imaculada? Ela, a mais próxima de Deus, e nós, mais próximos dela, por ela até o próprio Deus. Deus nos deu essa “escada branca” e quer, por essa "escada", nos enviar para ele, mas é antes nos abraçando do que simplesmente como uma porta para Deus (KOLBE, 1932, pg. 301).
O Papa Paulo VI, em ocasião da beatificação de Frei Kolbe no ano de 1971, testemunhou que no pensamento de Kolbe, Cristo preserva não apenas o primeiro lugar, mas o único lugar necessário e suficiente, absolutamente falando, na economia da salvação. Kolbe, como toda a doutrina, a liturgia e toda a espiritualidade católica, vê Maria inserida no plano divino, como um termo fixo de conselho eterno como cheio de graça, como sede da sabedoria, como predestinado à maternidade.
“O perfil mariano do novo Beato o qualifica e o classifica entre os grandes santos e espíritos visionários que entenderam, veneraram e cantaram o mistério de Maria”, afirmou o sumo pontífice.
Coloquemo-nos em oração e, nas palavras de São Maximiliano Kolbe, peçamos a graça de louvar a Imaculada:
"Concede-me a louvar-te, Santíssima Virgem. Conceda-me a louvá-la com meu compromisso e sacrifício pessoal. Permita-me viver, trabalhar, sofrer, consumir e morrer por você, somente por você. Permita-me levar o mundo inteiro a você. Permita-me contribuir para uma exaltação cada vez maior de você, para a maior exaltação possível de você. Conceda-me a fazer-lhe uma glória que ninguém nunca lhe ofereceu até agora. Permita que outros me superem em zelo por Sua exaltação, e que eu os supere, para que em uma nobre emulação Sua glória se torne cada vez mais profunda, cada vez mais rápida, cada vez mais intensa, como Aquele que o criou assim tão inefável acima de todos os seres. Somente em você, Deus foi adorado sem paralelo mais do que em todos os seus santos. Para você Deus criou o mundo. Para você Deus também me chamou à existência. Oh, permita-me te louvar, ó Santíssima Virgem! Amém!"
Vamos louvar a Imaculada com esta Obra de evangelização. Participe conosco!
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