
Na audiência geral desta quarta-feira (11/12), o Santo Padre encerrou a série de catequeses sobre o Espírito Santo e a Igreja, dedicando a última reflexão ao título dado a todo o ciclo: “O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo guia o Povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança”.
O Pontífice explicou que este título refere-se a um dos últimos versículos da Bíblia, no livro do Apocalipse, que diz: “O Espírito e a Esposa dizem: Vem!” (Ap 22,17). A quem se dirige esta invocação? – perguntou. Ao Cristo ressuscitado. Com efeito, tanto São Paulo (1Cor 16,22) como a Didaqué, um escrito dos tempos apostólicos, atestam que nas reuniões litúrgicas dos primeiros cristãos ressoava em voz alta o grito “Maranata!”, que significa “Senhor, vem!” em aramaico. Uma oração a Cristo para que venha, acrescentou Francisco:
Naquela fase mais antiga a invocação tinha um fundo a que hoje diríamos escatológico. Com efeito, exprimia a ardente expetativa do regresso glorioso do Senhor. E este grito e a expetativa que ele exprime nunca morreram na Igreja. Ainda hoje, na Missa, imediatamente após a consagração, ela proclama a morte e ressurreição de Cristo “Vinde, Senhor Jesus!”. A Igreja está à espera da vinda do Senhor.
Cristo e o Espírito são inseparáveis
Mas a expectativa da vinda final de Cristo, observou o Papa, não permaneceu a única. A ela juntou-se também a expetativa da sua vinda contínua na situação presente e peregrinante da Igreja. E é nesta vinda que a Igreja pensa sobretudo quando, animada pelo Espírito Santo, clama a Jesus: “Vinde!”
Ocorreu uma mudança – ou melhor, digamos, um desenvolvimento – pleno de significado em relação ao grito “Vinde!”, “Vinde Senhor!” Geralmente não é dirigido apenas a Cristo, mas também ao próprio Espírito Santo! Aquele que grita agora é também Aquele a quem se grita. “Vinde!” é a invocação com que começam quase todos os hinos e orações da Igreja dirigidos ao Espírito Santo:
“Vinde, Espírito Santo”, dizemos no Veni Creator, e “Vinde, Santo Espírito”, “Veni Sancte Spiritus”, na sequência do Pentecostes; e assim em muitas outras orações. É certo que assim seja, porque, depois da Ressurreição, o Espírito Santo é o verdadeiro “alter ego” de Cristo, Aquele que toma o seu lugar, que o torna presente e atuante na Igreja. É Ele que “anunciar-vos-á as coisas que virão” (ver Jo 16,13) e nos faz desejá-las e esperá-las. É por isso que Cristo e o Espírito são inseparáveis, mesmo na economia da salvação.
A esperança não é uma palavra vã
O Papa acrescentou que o Espírito Santo é a fonte sempre jorrante da esperança cristã. São Paulo deixou-nos estas preciosas palavras, assim diz São Paulo: “O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!”. Se a Igreja é um barco, o Espírito Santo é a vela que o empurra e o faz avançar no mar da história, hoje como no passado!
A esperança não é uma palavra vã, nem o nosso vago desejo de que tudo corra bem: a esperança é uma certeza, porque assenta na fidelidade de Deus às suas promessas. E por isso se chama virtude teologal: porque é infundida por Deus e tem Deus como garante. Não é uma virtude passiva, que simplesmente espera que as coisas aconteçam. É uma virtude supremamente ativa que ajuda a fazê-las acontecer. Alguém que lutou pela libertação dos pobres escreveu estas palavras: “O Espírito Santo está na origem do grito dos pobres. É a força dada àqueles que não têm forças. Ele lidera a luta pela emancipação e pela plena realização do povo dos oprimidos”.
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O cristão não pode contentar-se em ter esperança; deve também irradiar esperança, ser semeador de esperança. É o dom mais belo que a Igreja pode dar a toda a humanidade, sobretudo nos momentos em que tudo parece levar-nos a baixar as velas.
Queridos irmãos e irmãs, concluiu o Pontífice, o Espírito ajude-nos sempre a “abundar em esperança pela virtude do Espírito Santo”!
Fonte: Vatican News
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