Dentro da grande basílica há uma pequena construção. Uma antiga tradição afirma que aquela é a casa em que Nossa Senhora viveu em Nazaré. Maria teria nascido nessa casa e ali recebido o anúncio do Anjo. Conta-se que a casa foi transportada por anjos até onde atualmente é a Croácia e posteriormente até Loreto.
Os primeiros documentos que registram a presença da casa na cidade são de 1294. A casa propriamente dita contém paredes de pedra e tijolo unidos com barro de forma simples e rústica. Com passar dos séculos, foram sendo enfeitadas com pinturas e esculturas.
Se aquela foi ou não a casa autêntica em que Maria viveu, não é possível afirmar. Mas é verdadeira a manifestação de fé de milhares de peregrinos que neste santuário celebram a concepção imaculada de Maria, a encarnação de Jesus e a vida simples e humilde que Jesus vivia com sua família.
Aquela casinha, na verdade um cômodo só, nos leva a refletir sobre a simplicidade da vida e como a história da salvação se deixou marcar pela pequenez humana.
O Santuário de Loreto é também a casa de todos. Anotações do século XVI dão conta que havia sempre a disposição dos peregrinos 20 sacerdotes que ouviam as confissões em 6 idiomas. Atualmente, há no interior do Santuário pequenas capelas que recordam santos eslavos, franceses, poloneses, alemães e suíços.
O Papa João XXIII foi até Loreto de trem em 1962 para confiar a Nossa Senhora o Concílio ecumênico Vaticano II. O Papa João Paulo II visitou Loreto em 1979 e o definiu como “coração mariano do cristianismo. O Papa retornou em 1985, 1994, 1995 e também em 2004.
O Papa Francisco esteve na pequena casa em 25 de março de 2019 para confiar a Nossa Senhora a Exortação Apostólica pós-sinodal Cristo Vive. Com a simplicidade de um sacerdote comum, celebrou a Missa, se deteve em oração e assinou o documento que transmitia as orientações em relação ao sínodo da juventude realizado no ano anterior.
O Papa Francisco instituiu para toda a Igreja a celebração de Nossa Senhora de Loreto no dia 10 de dezembro. Uma intuição bonita para que todos os fiéis possam direcionar o pensamento para Nossa Senhora e aquela “casinha”, simples, humilde, pobre, mas que acolheu o Filho de Deus. E é importante também celebrar a presença de Maria na casa dos fiéis. As fadigas cotidianas também são marcadas pela presença e assistência de Maria, e Deus mesmo quis dar importância à vida familiar compondo a Sagrada Família de Nazaré.
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