É importante que as mulheres se mostrem vigilantes sobre a própria saúde, identificando precocemente hábitos nocivos, sintomas físicos e psíquicos e aderindo a hábitos saudáveis.
1) Alimentação saudável para diminuir a chance de desenvolver doenças como sobrepeso/obesidade, aumento de colesterol e consequentes eventos cardiovasculares, como infarto e derrame.
2) Cuidado com a saúde mental: identificar sintomas psíquicos e procurar ajuda para que haja uma abordagem oportuna pelo profissional de saúde.
Fatores que são os maiores responsáveis pelos transtornos emocionais que acometem as mulheres são dupla e tripla jornada de trabalho, adolescência e suas mudanças hormonais, aposentadoria, viuvez e não aceitação do próprio envelhecimento físico. Também merecem atenção a ansiedade, insônia e transtornos alimentares.
3) Sexualidade: aprender a conhecer o próprio corpo para que haja uma sexualidade saudável. Após a menopausa, pela falta do hormônio, a mulher pode apresentar desconforto durante a relação sexual que pode ser minimizado com ajuda de medicamentos prescritos pelo Ginecologista.
4) Realizar exames de rastreamento para câncer de colo de útero e câncer de mama. O Ginecologista deve avaliar quais exames e qual a periodicidade que devem ser realizados, individualizando o exame físico e histórico de cada paciente.
Hoje em dia o grande desafio da mulher é a administração do seu tempo. A falta de tempo se deve às múltiplas funções exercidas pela mulher como mãe, profissional, esposa, administradora da casa. Isso acaba acarretando stress, sedentarismo, má alimentação e consequente obesidade e esta, por sua vez, levando à diversas outras doenças.
Quais doenças ocorrem com prevalência em mulheres?
A doenças que apresentam uma maior prevalência nas mulheres são:
Neoplasia de mama – representa 25% de todos os cânceres diagnosticados nas mulheres.
Infecção urinária – pelo fato da anatomia feminina facilitar a chegada da bactéria à bexiga.
Depressão – afeta 2 vezes mais as mulheres, mas não se descobriu cientificamente a causa, porém, podemos imaginar que seja pelos fatores descritos anteriormente.
Doenças sexualmente transmissíveis – mantêm elevada prevalência no sexo feminino.
Lúpus – doença autoimune que aparece entre 20 e 45 anos, e é 10 a 15 vezes mais frequente em mulheres.
Esclerose múltipla – doença crônica e degenerativa, aparece normalmente entre 20 e 40 anos e afeta 3 a 4 vezes mais as mulheres. Tem causa desconhecida e o sintoma mais comum é a perda de força muscular.
Fibromialgia – doença que cursa com dor musculoesquelética crônica e difusa. É sete vezes mais comum no sexo feminino. Não tem cura, mas o tratamento permite melhora significativa dos sintomas.
Doença celíaca – doença autoimune, causada pela permanente sensibilidade ao glúten. Para cada 4 doentes celíacos, 3 são mulheres. Nestes pacientes, a ingestão do glúten causa lesões no intestino, diminuindo sua capacidade de absorver nutrientes. A eliminação do glúten reverte totalmente as lesões.
Existem doenças específicas das mulheres como endometriose, que é a implantação de células endometriais (que deveriam se encontrar somente na cavidade interna do útero) em regiões como ovários, trompas, bexiga e intestino. Esta doença pode ser assintomática até ser causa de fortes dores e infertilidade. O câncer de colo de útero também será relatado mais à frente.
Primeiramente, aprendendo a conhecer seu próprio corpo, facilitando assim a identificação de sintomas que apareçam e procurando ajuda médica. Importante ressaltar que deve-se realizar uma consulta anual de rotina com seu ginecologista que poderá avaliar seu histórico, sintomas e exame físico e indicar os exames necessários.
Em relação ao câncer de mama é muito importante o autoexame das mamas e a realização de exames complementares como Ultrassonografia e Mamografia que são solicitados pelo Ginecologista conforme a idade e histórico familiar da paciente.
O câncer de colo de útero deve ser rastreado através do exame de colpocitologiaoncológica , mais conhecido como papanicolau. É um exame simples, indolor, vastamente divulgado pela mídia e campanhas de saúde realizadas pelos gestores de saúde pública. É um exame muito eficaz, realizado nas mulheres que já iniciaram vida sexual, no qual colhe-se células do colo do útero através de um simples raspado realizado com uma espátula. A maioria das mulheres deve realizá-lo 1 vez por ano porém, em alguns casos específicos, como no período da menopausa, o médico pode espaçar o tempo entre as realizações deste exame.
Já para o câncer de ovário ainda não se descobriu um exame de rastreamento eficaz. Isto por tratar-se de um câncer raro de início assintomático, passando despercebido até espalhar-se pela pelve. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante. Pode acometer mulheres em qualquer idade, mas é mais frequente após 40 anos. Realizar uma ultrassonografia anual e dosagem no sangue do marcador tumoral CA 125 é o que se tem hoje em dia para tentar um diagnóstico precoce.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.