A liturgia de hoje podemos resumir em duas palavras, vida e morte, ou seja, na primeira leitura vemos um povo escolhido para caminhar com Deus. Passado algum tempo começam a reclamar e caluniar contra Moisés e contra Deus. Também murmuravam a respeito da comida e da água. Muitas vezes na nossa vida temos dificuldades, mas não podemos ir contra aquilo que o próprio Deus nos ensina, que é acreditar no seu amor incondicional e na Sua Palavra. Na primeira leitura os hebreus esqueceram do projeto de Deus em sua vida. Desacreditaram de Deus. Ao mesmo tempo queriam caminhar numa via mais fácil, isto é, sem esforço. Quando queremos caminhar numa vida sem esforço, não temos raízes, não temos onde nos segurar. O sofrimento nos faz amadurecer e crescer na fé. Esse povo não queria se sacrificar, queria receber tudo de graça. Ao blasfemar contra Moisés e ao mesmo tempo contra Deus, aquele povo começa a sofrer a morte, aparecem serpentes para matar aquele povo. Moisés vendo o sofrimento do seu povo, intercedeu por ele, junto a Deus, ou seja, Moisés teve compaixão. Deus, então pede para Moisés fazer um símbolo da serpente erguida numa haste, para mostrar ao povo que da morte surge a vida. Centenas de anos depois, vemos que a cruz de Jesus também foi um símbolo de morte e de vergonha. Em Cristo Jesus encontramos a vida, que nos devolve a fé. A paixão de Jesus para todos nós cristãos é o fundamento da nossa fé. Cristo padeceu, sofreu, morreu e ressuscitou. Por isso que muitos de nós usamos o símbolo da cruz no pescoço, para mostrar exteriormente que acreditamos que Cristo é o autor da vida. No Evangelho, o próprio Jesus convoca a todos para confiarmos em suas palavras e em tudo aquilo que Ele nos ensina. Muitas vezes brigamos com Deus, ficamos chateados com Deus, mas Ele não cansa de esperar por nós. Todos nós teremos tribulações, mas não podemos murmurar, devemos nos apegar na cruz e carregá-la com Jesus que a torna mais leve. A cruz nos ajuda a crescer e amadurecer na fé.
Transcrição Marta Romero
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