Homilia
Na primeira leitura, vemos como Deus se manifesta em relação a nós, é comparado com uma mãe ou a um pai que cuida de uma criancinha; mostra que a ternura de Deus é imensa, mesmo perante as fraquezas do Seu povo, Ele nunca desiste de cuidar dele. Essa é a atitude permanente de Deus. Sempre nos lembramos das palavras do Papa Francisco: “Deus nunca se cansa de perdoar, somos nós que cansamos de pedir perdão”. Portanto, Deus nunca fecha as portas para ninguém.
A evangelização é exatamente isso: levar ao mundo esta misericórdia, esta ternura de Deus. Temos, naturalmente, o relatório da vida de Jesus feito pelos Apóstolos, como no Evangelho de hoje. Aqui, nós temos o primeiro envio dos Apóstolos, não é o definitivo: “Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas”. Aqui é um estágio, Jesus está os preparando para o envio. Neste momento, Ele acentua que devem levar consigo somente o essencial, para que se sintam totalmente disponíveis e para não prejudicar o anúncio. “Não levem isso, não levem aquilo”..., para que se sintam livres.
Sabe, isso é uma exigência de Deus para todos nós, pois, perante a vida, estamos cheios de preocupações. Claro que isso faz parte e não conseguimos nos livrar delas. Mas não podemos esquecer que Deus quer só o essencial da nossa vida. Mesmo tendo tudo o que temos, nós devemos estar a serviço da nossa vocação, da nossa missão. Nunca nos esquecer que a vida é um presente de Deus e que este presente tem que ser comunicado aos outros, que precisam ser evangelizados.
Como já vimos em outras passagens, como quando Jesus vê aquela enorme plantação de trigo, e fala: “A messe é grande e os operários são poucos. Rogai ao dono da messe que mande mais operários”. Deus tem a alegria de ver que nós estamos colaborando com Ele de uma forma bem comprometida.
O que significa não leve isso, não leve aquilo? Não confundir o essencial que nunca deve perder a sua primazia, nunca! Claro que trabalhamos, precisamos do nosso ganho. É claro que precisamos! Porém, não esqueçamos que além do trabalho, na nossa vida, existe a nossa alma, o nosso espírito, a nossa vocação e que pertencemos a Deus. Portanto, usemos tudo, mas sempre a serviço do Reino; nunca deixemos que as preocupações deste mundo sufoquem o amor ao próximo. Isso que temos que aprender hoje.
Santa Paulina foi um exemplo, porque desde jovem, cresceu e nunca perdeu de vista o amor aos que mais sofrem. Não foi fácil a vida dela. Ela era ela doente, era diabética, perdeu até um braço e ficou cega. Foi até marginalizada, foi expulsa da sua ordem, depois foi reintegrada, mas ela nunca perdeu o essencial. Esta convicção de que Deus é a coisa mais importante, sempre permaneceu com ela. Deus esteve sempre no centro do seu coração. E, também nós, façamos isso. Amém!
Orações após a comunhão
Estamos vivendo momentos de muito sofrimento. Quero dizer que Santa Paulina também viveu momentos difíceis e que ela nos ajude a pedir, com amor e com fé, a proteção divina.
Estamos juntos com Jesus e Nossa Senhora. Com certeza, Deus nunca nos abandona. Como ouvimos na primeira leitura, Deus nos carrega com ternura. Apesar dos nossos erros na nossa vida, Ele nunca desiste de nós. Sempre nos ama! Estamos aqui agora lutando, perseverando na oração, para que todos os nossos irmãos tenham confiança e fé em Deus. Estamos aqui para pedir a cura dos nossos irmãos atingidos pela epidemia. Estamos aqui para pedir o descanso eterno das vítimas. Estamos aqui para agradecer a Deus por tantos que passaram pela doença e foram curados.
Para vocês que estão nos ouvindo e participando, pedimos que o milagre seja a vossa força, a vossa vitória. Não desanime nunca, mas confie em Deus. Olhe com amor e confiança nele e na Sua e nossa Mãe. Sim! Eles nunca vão nos deixar. “Vinde a mim todos vós que estais cansados, carregados dos pesados fardos, e eu vos aliviarei e darei descanso”, disse Jesus! Que Nossa Senhora acolha a nossa vida, a nossa oferta e nos proteja sempre, para viver esse dia com alegria, com serenidade, pois Jesus está conosco. Amém!
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Fonte: Rádio Imaculada
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