Editorial com Padre Attílio Hartmann
Hoje, dia 19 de fevereiro, Pe. Attílio Hartmann ressalta a importância de amar e cuidar do nosso Planeta, uma missão de todos. O sacerdote que também indica o quanto esta atitude é cristã e demonstra gratidão pelo que Deus nos confiou.
Acompanhe o editorial desta terça-feira:
Um abraço amigo e carinhoso a todos vocês, gente amiga e querida. Em outubro próximo será realizado, no Vaticano, o Sínodo da Amazônia.
É bom lembrar que a Amazônia não é só brasileira, ela abrange vários países da América do Sul, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e, claro, o Brasil.
Recentemente surgiu a notícia de que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estaria sendo vigiada pelo serviço de inteligência nacional, comandada por um ministro general. O motivo é a sua posição na defesa da Amazônia e dos povos indígenas. Eu acho uma grande notícia: sinal de que a CNBB cumpre sua missão de colaborar na salvação do planeta e estar ao lado dos mais frágeis da sociedade, entre eles, os nossos índios.
O Papa Francisco, talvez o papa mais ecológico nos dois mil anos da Igreja, lançou uma advertência com relação ao futuro do Planeta. Em sua mensagem aos participantes da Conferência Internacional pelo equilíbrio no mundo, ele foi taxativo. Textualmente: “Está em perigo o equilíbrio da civilização atual”. Esta Conferência se realizou em La Habana, Cuba, por ocasião da data de nascimento de José Martí, que o papa definiu como “um homem de luz”.
O papa convidou a todos a “juntar esforços que contribuam para estreitar vínculos de fraternidade entre as nações diante dos diversos acontecimentos no planeta que põem em risco seu equilíbrio. Por isso, os homens de bem devem unir-se e encontrar-se em eventos como este que se realizam em Cuba num marco de pluralidade, para alcançar uma autêntica promoção humana.
O ambiente humano e o ambiente natural estão intimamente unidos e podem degradar-se juntos. Não é possível enfrentar adequadamente a degradação ambiental se não compreendemos as causas relacionadas com a degradação humana e social”.
E o papa concluiu sua mensagem aos conferencistas dizendo: “Quero animá-los a buscar alternativas eficazes em torno do pensamento deste grande escritor cubano, José Martí, um homem iluminado, que nos lembra que todas as árvores da Terra se concentrarão em cada pessoa humana, produzindo no eterno um suavíssimo perfume: é a árvore do amor que, com seus robustos e copiosos ramos, vai cobrir, sorridentes e em paz, a todos os homens e mulheres do nosso Planeta Terra”.
Gente amiga, a mãe-terra, nossa casa comum, precisa de nosso carinho, de nosso cuidado para que continue nos dando alimentos e vida por séculos e séculos. Isso eu assino e assumo.
Ouça este editorial:
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