Evangelho segundo Mateus 16,13-20
Em Cesaréia de Filipe, Jesus pergunta a seus discípulos quem as pessoas pensam que ele é. E os discípulos lhe respondem que uns pensam que ele é João Batista, outros que é Elias, Jeremias ou algum dos antigos profetas. Jesus, então, dirige a pergunta aos próprios discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Esta pergunta é de fundamental importância para a vida cristã. Cada discípulo de Jesus tem que se perguntar a si mesmo: “Quem é Jesus para mim?” Pois a resposta a esta pergunta revela a imagem que temos dele. E nós sempre nos relacionamos com as pessoas a partir da imagem que fazemos delas. A questão é que nem sempre esta imagem corresponde ao que as pessoas realmente são. Assim, a gente poderia se relacionar com Jesus a partir de uma falsa ideia sobre ele, transformando-o num ídolo segundo os nossos gostos e preferências.
Pode-se, por exemplo, considerar Jesus um grande profeta do passado, como as pessoas deste trecho do Evangelho; um grande sábio que deixou muitos ensinamentos bonitos, ou um “milagreiro” que resolve nossos problemas imediatos, proporcionando-nos uma vida de conforto material, como tantos acreditam. Em todos esses casos não se está relacionando com a pessoa de Jesus, mas com uma imagem que dele se fez.
A resposta de Pedro: “Tu és o Messias, o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16), recebe o elogio de Jesus porque vislumbra um horizonte que ultrapassa as perspectivas do “eu” do discípulo e lhe dá acesso pleno ao Reino dos Céus (cf. v.19). Mas Pedro terá que gastar toda a sua vida para entender esta resposta que ele mesmo deu. De fato, ele não a deu a partir da “carne e do sangue”, isto é, de suas capacidades pessoais, mas foi-lhe revelada pelo próprio Pai do Céu (v.17). Por isso mesmo, esta resposta vai levá-lo aonde ele não quer ir (cf. Jo 21,18). Com efeito, só depois de muitas idas e vindas na vida é que Pedro conseguirá relacionar-se autenticamente com a Pessoa de Jesus, que nada tinha a ver com as imagens que dele havia feito antes. Ele, finalmente, se desfaz dessas projeções e simplesmente segue a Jesus, deixando-se conduzir por Ele por um caminho nunca visto (cf. Is 42,16).
Seguir Jesus e não as projeções que fazemos dele é, de fato, a única maneira de nos relacionarmos realmente com a sua pessoa e não o converter num ídolo feito por mãos humanas (cf. Sl 115,4). Dessa forma, a pergunta feita por Jesus a seus discípulos, há dois mil anos, continua a ecoar nos ouvidos de cada discípulo e discípula: “Quem sou eu, para você?”. Não podemos nos esquecer de que toda resposta dada a esta pergunta, será sempre uma imagem que fazemos dele. Portanto, tal imagem deverá ser, constantemente, confrontada e purificada no próprio seguimento da sua pessoa, que nos levará sempre por um caminho desconhecido para nós (cf. Is 42,16).
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